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Justiça liberta advogado que passou drogas para detento na Papuda

O homem foi preso em flagrante no último domingo, na prisão do DF e está proibido de frequentar o sistema penitenciário

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Droga apreendida pelos policiais
Droga apreendida pelos policiais Droga apreendida pelos policiais

O advogado suspeito de repassar drogas para um detento no presídio da Papuda (DF) no último domingo (31) vai responder ao processo em liberdade. Após a prisão em flagrante, ele foi submetido a uma audiência de custódia, e a Justiça entendeu que não havia necessidade de mantê-lo preso.

Na decisão, a juíza Nádia Vieira de Mello Ladosky considerou que, apesar do ato reprovável, o homem não tinha ficha criminal e tem endereço e trabalho fixo. "Não há por ora elementos concretos que apontem a reiteração na prática da conduta em análise, nem a participação em organização criminosa", disse.

Após o flagrante, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) suspendeu a carteirinha do suspeito. Enquanto durar a sanção o homem não vai poder advogar. 

Mesmo com a concessão da liberdade provisória, a juíza proibiu o advogado de sair do DF por mais de 30 dias. Ele também não pode frequentar o sistema penitenciário enquanto o registro da OAB estiver interrompido. A suspensão de 90 dias foi definida por decisão do Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da OAB/DF, que foi notificado pela Secretaria de Assuntos Penitenciários (Seape).

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Flagrante

O flagrante ocorreu na tarde do domingo passado. Na ocasião, o advogado foi ao Complexo da Papuda, onde tinha agendado três atendimentos com detentos em blocos diferentes. Por isso, ele pediu aos policiais penais para adiantar as consultas e o coordenador do local concordou.

A atitude agitada e atípica do defensor chamou a atenção dos agentes. Ele passou a ser monitorado pelas câmeras de segurança e os policiais alertaram uns aos outros da possibilidade de ele estar carregando drogas.

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O primeiro atendimento foi no bloco G. Até então, ninguém havia entrado na sala naquele dia. O policial penal que estava no local fez a revista visual do advogado, como é de praxe, e não identificou nada suspeito. O homem se sentou e esperou pelo detento.

Segundo relato do agente, ele estava inquieto e olhava constantemente para o corredor. Ele levantou parte da camisa, colocou as mãos dentro da calça e tirou de lá um objeto. Quando o interno chegou, ele passou álcool em gel nas mãos e no objeto e se inclinou para baixo da bancada.

Quando o homem deixou a sala em direção ao bloco seguinte, os agentes revistaram o ambiente e encontraram o pacote de 15x8 centímetros, com um tablete de 250 gramas de maconha. Os outros policiais foram alertados e prenderam o advogado em flagrante. O carro de aplicativo em que ele chegou à Papuda foi revistado, mas não foram encontrados outros entorpecentes.

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