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Justiça mantém preso o advogado que atropelou servidora do DF

Defesa tentava uma nova medida alternativa. Vídeos de câmeras de segurança que flagraram o atropelamento serão periciados

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Vídeos de câmeras de segurança que flagraram o atropelamento serão periciados
Vídeos de câmeras de segurança que flagraram o atropelamento serão periciados

O advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem, preso preventivamente em agosto deste ano, vai continuar encarcerado enquanto aguarda julgamento. A defesa do réu ingressou com novo pedido de liberdade, mas, nesta sexta-feira (1º), o Tribunal do Júri do Distrito Federal negou a solicitação novamente. 

Paulo Milhomem foi denunciado pelo MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) por tentativa de homicídio depois de atropelar a servidora pública Tatiana Thelecildes Fernandes Machado Matsunaga. A vítima ficou gravemente ferida, e precisou ser internada em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com traumatismo craniano.

Na decisão mais recente, o juiz Frederico Ernesto Cardoso Maciel afastou o argumento dos advogados para refutar a denúncia contra Milhomem e a retirada das qualificadoras do crime, por motivo fútil. O magistrado considerou que "a materialidade está comprovada e há indícios suficientes de autoria para a decretação da medida excepcional", ao se referir à prisão preventiva. "O processo corre normalmente, não havendo demoras injustificadas por parte do Poder Judiciário", acrescentou.

"A gravidade em concreto do fato praticado, demonstrado pelo modus operandi na prática do delito demonstra que a liberdade do acusado expõe risco à garantia da ordem pública. Dessa forma, a medida se mostra adequada", escreveu o magistrado na decisão, ao rejeitar a adoção de medidas cautelares alternativas à prisão.


O juiz ainda deu prazo de três dias para que os vídeos registrados por câmeras de segurança da casa da própria vítima sejam periciados. Os registros mostram o momento em que Tatiana foi atropelada por Paulo.

O caso


Na última quarta-feira (28), o MPDFT se manifestou sobre o recurso da defesa, pois considerou que, no pedido de liberdade, os advogados tentaram culpar Tatiana pelo atropelamento.

Depois de uma discussão de trânsito, em 25 de agosto, Paulo Milhomem perseguiu Tatiana até a casa dela, na QI 15 do Lago Sul. Ela desceu do carro para falar com ele e os dois discutiram novamente. Em seguida, o advogado passou com o carro por cima da vítima e fugiu sem prestar socorro. Todo o crime foi filmado pelo circuito interno de segurança da casa de Tatiana.


Paulo passou a ser procurado pela polícia e se entregou na delegacia cerca de uma hora depois do fato. Ele está preso desde então. Nesta semana, voltou a ser transferido para a cela especial, por ser bacharel em Direito. Milhomem teve o registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) temporariamente suspenso.

Tatiana ainda se recupera dos ferimentos e deixou a UTI há uma semana. Devido ao quadro grave, ela precisou passar por uma traqueostomia para conseguir respirar.

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