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R7 Brasília

Lewandowski, ministro aposentado do STF, é aprovado como árbitro de tribunal do Mercosul

A aprovação ocorreu pelo Conselho do Mercado Comum do bloco econômico nesta terça-feira (4), em Puerto Iguazú, na Argentina

Brasília|Plínio Aguiar, do R7 em Brasília

Ricardo Lewandowski foi aprovado como árbitro do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul
Ricardo Lewandowski foi aprovado como árbitro do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul

O Conselho do Mercado Comum do Mercosul  formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai — aprovou nesta terça-feira (4) a indicação feita pelo governo brasileiro de Ricardo Lewandowski, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), para exercer o cargo de árbitro titular do Tribunal Permanente de Revisão (TPR) do bloco. De acordo com o comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, o mandato vai ser iniciado em 28 de julho. "Cabe registrar que, em 2024, a presidência do tribunal caberá ao árbitro brasileiro", acrescenta a nota.

Entre as atribuições de Lewandowski estão interpretar e propor medidas voltadas a promover o cumprimento dos instrumentos e das normas sobre os quais se baseia o processo de integração do bloco, estabelecido pelo Protocolo de Olivos para a Solução de Controvérsias do Mercosul, de 2002.

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O comunicado cita o agradecimento do Brasil pelos serviços prestados pelos atuais árbitros brasileiros do tribunal, Nádia de Araújo (titular) e Marcílio Toscano Franca Filho (suplente), cujos mandatos se encerrarão em breve. A indicação brasileira para o cargo de árbitro suplente de Lewandowski será submetida "oportunamente".

STF

Em abril deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou o decreto em que concedeu a aposentadoria ao ministro do STF Ricardo Lewandowski. O ministro deixaria a Corte de forma compulsória em 11 de maio, quando completaria 75 anos, mas decidiu antecipar a saída em um mês.


Após ter se aposentado como ministro do STF, Lewandowski reativou a inscrição da carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ele manteve o mesmo número do registro que tinha antes de ingressar na magistratura, em 1990. "Eu retorno à advocacia tal como entrei: sempre pronto a defender valores e princípios, especialmente o valor maior da Constituição, que é a dignidade da pessoa humana, justamente aquilo que os advogados defendem com muito denodo, os direitos fundamentais", disse o ex-ministro na ocasião.

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Ao longo dos 17 anos em que ficou na Corte, o magistrado foi relator de diversas ações importantes. Uma de suas decisões mais conhecidas foi a concessão de um habeas corpus coletivo em favor de todas as presas gestantes, puérperas (no período pós-parto) e mães de crianças de até 12 anos ou responsáveis pelos cuidados de pessoas com deficiência. 

Para a vaga de Lewandowski, Lula indicou seu advogado na Operação Lava Jato, Cristiano Zanin. O nome já foi aprovado pelo Senado, etapa obrigatória, e ele vai tomar posse como ministro do STF em 3 de agosto. A data foi definida durante um encontro entre o jurista e a ministra e presidente da Corte, Rosa Weber.

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