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Líder do PL diz que plano para matar autoridades é ‘gravíssimo’, mas defende Braga Netto

Segundo a PF, plano para matar Lula, Alckmin e Moraes foi discutido na casa do general

Brasília|Rute Moraes, do R7, em Brasília

Líder do PL diz que plano para matar autoridades é ‘gravíssimo’, mas defende Braga Netto Mário Agra/Câmara dos Deputados - 10/07/2024

O líder o PL (Partido Liberal) na Câmara dos Deputados, Altineu Cortês (RJ), disse, nesta terça-feira (19), que o plano, elaborado por militares e um policial federal, para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva; o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB); e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes é “gravíssimo”.

“Se isso aconteceu, é gravíssimo. Eu não tenho dados dessa investigação, do que está sendo apurado, não posso falar sobre. Eu sinceramente gostaria muito de poder ter as informações para poder dar minha opinião mais concreta. Essas prisões, eu imagino, que deve ter uma base forte para estar acontecendo”, declarou Cortês.

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Mais cedo, a PF (Polícia Federal) deflagrou uma operação para desarticular uma organização criminosa acusada de ser autora de tentativa de golpe de Estado e de restrição do Poder Judiciário. Na ocasião, foram presos: o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, o policial federal Wladimir Matos Soares, e o general Mário Fernandes.

Côrtes disse não conhecer os militares, mas que esteve uma vez com Fernandes, que estava lotado no gabinete do ex-ministro e deputado General Pazuello (PL-RJ).


O líder da oposição, porém, defendeu o general Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições 2022. Segundo a PF, o plano para assassinar as autoridades foi discutido na casa de Netto, em 12 de novembro de 2022.

Segundo o documento, o encontro foi confirmado pelo general Mauro Cid, braço direito de Bolsonaro. Mas Cortês disse que o general “não é capaz de matar uma mosca”.


“Eu conheci o general Braga Netto no curso da política quando ele foi candidato a vice-presidência do presidente Bolsonaro, ele é um cara de finíssimo trato, general Braga Netto para mim ele não é capaz de matar uma mosca, é a impressão que tenho do Braga Netto”, disse o líder do PL.

Entenda

Conforme a PF, o grupo pretendia matar Lula, Alckmin e Moraes com uso de bomba e envenenamento. A informação consta no documento encontrado na casa do general Mário Fernandes em 9 de novembro de 2022.


O plano dos militares citava a “vulnerabilidade de saúde” do presidente Lula e a ida frequente a hospitais e avaliavam a possibilidade “de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico”. Depois, para o plano prosseguir, eles teriam que matar o vice-presidente. O plano também contava com “baixas aceitáveis” dos militares participantes da ação.

O objetivo seria inviabilizar a chapa de Lula que concorria às eleições em 2022. Segundo o documento, a “neutralização extinguiria a chapa vencedora”. Para a PF, o planejamento tinha “características terroristas”, “no qual constam descritos todos os dados necessários para a execução de uma operação de alto risco”.

O documento lista, também, os planos para assassinar o ministro Alexandre de Moraes. “O quarto tópico do planejamento descreve os riscos e impactos da ação. Foram consideradas diversas condições de execução do ministro Alexandre de Moraes, inclusive com o uso de artefato explosivo e por envenenamento em evento oficial público. Há uma citação aos riscos da ação, dizendo que os danos colaterais seriam muito altos, que a chance de ‘captura’ seria alta e que a chance de baixa (termo relacionado à morte no contexto militar) seria alto”, cita a PF.

No documento, encontrado pela PF na casa do general Mário Fernandes, estão apontadas as ações necessárias e já em andamento para identificar a segurança pessoal de Moraes, como equipamentos de segurança, armamentos, veículos blindados, os itinerários e horários do ministro. Eles também estudavam rotas de deslocamento entre os locais de frequente estadia de Moraes.

“Na sequência, a lista com o arsenal previsto revela o alto poderio bélico que estava programado para ser utilizado na ação. As pistolas e os fuzis em questão são comumente utilizados por policiais e militares, inclusive pela grande eficácia dos calibres elencados. Chama atenção, sobretudo, o armamento coletivo previsto, sendo: uma metralhadora, uma lança granada 40 mm e um lança rojão AT4″, lista.

A PF elenca que esses são armamentos de guerra comumente utilizados por grupos de combate. “A primeira, M249, é uma metralhadora leve altamente eficaz, projetada para fornecer suporte de fogo em combate. A combinação de leveza, taxa de disparo e capacidade de alimentação a torna uma arma estimada em diversas situações táticas. A segunda é uma arma projetada para disparar granadas de fragmentação ou munições especiais de 40mm que fornece capacidade de fogo indireto e versatilidade em termos de tipos de munição”, cita.

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