Líderes indígenas debatem com o BNDES acesso ao Fundo Amazônia
Inédito, encontro marca a primeira vez que o banco dialoga com os povos indígenas
Brasília|Rute Moraes, do R7, em Brasília
Cerca de 60 líderes indígenas das regiões sul, sudeste e oeste do Pará vão se reunir, na segunda-feira (25), de forma remota, com a direção do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) para discutir o acesso do grupo ao Fundo Amazônia. Criado em 2008, a ideia do fundo é atrair doações para investimentos em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e uso sustentável da floresta amazônica. A gestão do fundo é do BNDES.
Trata-se de um encontro inédito, pois é a primeira vez que o banco dialoga com os povos originários. A ideia é entender a real necessidade na restauração e na proteção da floresta e de seus povos.
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O encontro vai ser mediado pelo gabinete do líder do governo no Senado, Beto Faro (PT-PA), e terá a presença da diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, além do presidente do banco, Aloízio Mercadante. Faro considera que a reunião demonstra o comprometimento do BNDES com a Amazônia.
Noruega anuncia US$ 60 milhões e EUA US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia
No domingo (17), tanto os Estados Unidos quanto a Noruega anunciaram doações para o Fundo Amazônia. O primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, anunciou o aporte de US$ 60 milhões, cerca de R$ 350 milhões, para o fundo. O país tinha parado os investimentos, em 2019, durante a gestão de Jair Bolsonaro. Segundo Jonas Gahr Støre, a retomada é por acreditar que o país voltou a ir “na direção correta".
No mesmo dia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou US$ 50 milhões em Manaus. Foi a primeira vez que um presidente norte-americano visitou a Floresta Amazônica. O recurso, no entanto, precisa ser aprovado pelo Congresso do país.
Ao todo, o fundo apoia 101 terras indígenas da Amazônia e 61 mil indígenas são diretamente beneficiados com os recursos.