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R7 Brasília

Lobo-guará e anta com filhote sobrevivem a incêndio que destruiu 40% da Flona de Brasília

Com fogo controlado, foco da força-tarefa é resgatar e garantir alimentação a animais da área

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília e Bruna Lima, do R7, em Brasília


Floresta Nacional, investigação, incêndio
Incêndio atingiu quase 40% da floresta nacional Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília - 04.09.

Com 38,58% da Floresta Nacional de Brasília atingida por um incêndio, equipes trabalham para garantir o resgate e a sobrevivência dos animais. Apesar do cenário de destruição, o chefe da Floresta Nacional, Fábio dos Santos Miranda, destacou que foram avistados animais vivos em movimentação. “Vimos lobo-guará, anta com filhote, veados. Ainda um pouco perdidos, porque a casa deles foi totalmente degradada, incendiada, mas vivos. E isso nos dá muita esperança na recuperação dessa unidade de conservação”, disse.

Ao todo, 2,7 mil hectares foram destruídos pelo fogo e, segundo Miranda, muitos animais foram queimados e os que sobreviveram perderam sua fonte de alimento, o que afeta a cadeia alimentar. “Há grande preocupação com a alimentação dos animais. Com uma área tão grande que foi perdida falta fruta e alimentos para a fauna. Muitos animais pequenos também foram queimados, o que impacta toda a cadeia alimentar”, disse Fábio em coletiva de imprensa pela manhã.

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Coordenador de atividades de manejo integrado do fogo da Flona, Hudson Coimbra explica que durante a quarta-feira, as equipes trabalharam para conter o avanço do incêndio.

“Definimos um perímetro de controle e trabalhamos dentro dele para evitar que o fogo se alastrasse. Esse trabalho durou até 21h. Até esse momento ainda era possível avistar bastante fumaça e fogo, mas em razão das táticas que estávamos empregando”, disse.


Depois de controlar as chamas, o foco é impedir que elas atinjam matas de galerias, por exemplo, que protegem nascentes. “O fogo está contido dentro dele (do perímetro definido pelas equipes) e agora é trabalhar, principalmente nas matas de galeria, nas zonas de conservação, zonas prioritárias (para impedir o avanço das chamas). Hoje o trabalho é de extinção dos focos, o que envolve cavar, revirar matéria no solo e troncos de árvores que ainda estão queimando, além de monitorar qualquer foco que tente passar nosso perímetro”, informou.

Perícia da Polícia Federal

Nesta quinta-feira (5) também será realizada uma perícia pela PF (Polícia Federal) para identificar as causas e os possíveis responsáveis pelo incêndio. Segundo informações do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), três pessoas foram vistas antes da floresta ter sido atingida pelo fogo.

“As investigações estão em curso e hoje terá uma perícia aqui nos locais prováveis onde foi iniciado o incêndio florestal”, disse o chefe da Floresta Nacional de Brasília, Fábio dos Santos Miranda, em coletiva de imprensa pela manhã.

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