O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (30) que o Catar teve papel importante na liberação de brasileiros que estavam na Faixa de Gaza. A declaração foi feita após reunião com o governante do país, Tamim bin Hamad al-Thani. O petista disse também que tratou da liberação de um brasileiro ainda mantido refém pelo grupo terrrorista Hamas e fez um agradecimento especial ao dirigente catari.
"É de agradecimento ao Catar porque teve papel importante na liberação de brasileiros que estavam na Faixa de Gaza. Ainda tem mais brasileiros lá. Na liberação de um refém que ainda pode ser liberado por esses dias. E eu vim agradecer a ele", disse Lula, sobre a reunião.
A reportagem do R7 questionou o Ministério das Relações Exteriores sobre informações desse brasileiro que ainda é mantido refém pelo grupo terrorista. O espaço está aberto para manifestação.
Durante o encontro, os líderes trataram também de acordos comerciais. "O Catar é um parceiro importante. Quando eu vim pela primeira vez, tínhamos uma relação comercial de US$ 36 milhões, e agora está em US$ 1,6 bilhão, com potencial de muito investimento do Catar, sobretudo na questão de novas pesquisas, exploração de petróleo, no reflorestamento do país, na manutenção de uma agricultura de baixo carbono. E eu acho que eles vão ter muito interesse", completou o petista.
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Mais cedo, Lula participou do Fórum Econômico Brasil-Catar e destacou o papel do país anfitrião na mediação do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. "Quero saudar a mediação do Catar para o acordo anunciado há poucos dias entre Israel e o Hamas, que envolve a libertação de reféns [mulheres e crianças] em troca de uma trégua temporária e da libertação de prisioneiros palestinos [mulheres e crianças]", disse o presidente.
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Segundo Lula, o Catar é um ator diplomático relevante graças a sua política externa, de perfil ativo e independente. No início deste mês, uma aeronave com 32 brasileiros e familiares próximos, vindos da Faixa de Gaza, desembarcou no Brasil. O grupo a ser repatriado é composto de 22 brasileiros e dez parentes palestinos, dos quais sete têm o registro nacional migratório. Entre as 32 pessoas, há 17 crianças, nove mulheres e seis homens.