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R7 Brasília

Lula chama presidente do BC de 'teimoso' e 'tinhoso' e cobra redução de juros

Presidente volta a criticar Roberto Campos Neto e espera que Banco Central reduza a taxa Selic, hoje em 13,75% ao ano

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

Cenário permite redução dos juros, diz Lula
Cenário permite redução dos juros, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez novas críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o chamou de "teimoso" e "tinhoso" por resistir a reduzir a taxa básica de juros da economia, a Selic (veja vídeo abaixo). Lula tem cobrado constantemente o Banco Central a cortar o índice, mas a autoridade monetária mantém a Selic a 13,75% ao ano desde agosto de 2022. 

Segundo o presidente, a atividade econômica tem dado resultados positivos. Dessa forma, ele entende que a Selic precisa ser reduzida. "As pessoas que estavam pessimistas estão vendo o dólar cair, estão vendo a economia crescer, estão vendo sinais de que o salário vai crescer, sinais de que o emprego vai crescer. Ou seja, as pessoas estão ficando mais otimistas. A inflação está caindo. E, logo, logo, vai começar a baixar a taxa de juros. Porque o presidente do BC é teimoso, é tinhoso. Não tem mais explicação", disse Lula em live nas redes sociais.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a taxa de juros, em junho, o órgão afirmou que a continuidade da deflação, verificada nos últimos meses, pode possibilitar a redução da taxa de juros em agosto.

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"A avaliação predominante foi de que a continuação do processo deflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião", afirmou o Copom.

A forma como o BC tem conduzido a política de juros no país é alvo de críticas do governo, de membros do Congresso Nacional e de setores empresariais. Os integrantes do Copom, entretanto, disseram que cortes de juros "exigem confiança" na trajetória de queda da inflação e que reduções "prematuras" dos juros podem gerar "reacelerações do processo inflacionário".

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