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Lula chama taxa básica de juros a 13,75% de 'excrescência' em evento da Fiesp

Presidente ainda falou que as mudanças na medida provisória que reorganizou a estrutura da Esplanada são 'a coisa mais normal'

Brasília|Emerson Fonseca Fraga, do R7, em Brasília

Lula voltou a criticar taxa de juros de 13,75%
Lula voltou a criticar taxa de juros de 13,75% Lula voltou a criticar taxa de juros de 13,75%

Em discurso nesta quinta-feira (25) em evento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou de "excrescência" a taxa básica de juros da economia, a Selic, que está em 13,75% ao ano. "Eu já fiz críticas, mas neste país, em que o mercado financeiro tomou conta no lugar da indústria, um presidente da República não pode nem criticar o Banco Central porque ele está interferindo na economia. E eu quero dizer aqui dentro da Fiesp, é uma excrescência no dia de hoje a taxa de juros ser 13,75%", disse.

O presidente da República falou também sobre as mudanças que a Câmara fez na medida provisória que reorganizou a estrutura da Esplanada dos Ministérios. Lula disse que as alterações discutidas no Congresso são "a coisa mais normal".

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"Toda vez que a sociedade se assusta com a política e ela começa a culpar a classe política, o resultado é infinitamente pior", disse. "Por pior que seja a política, é nela e com ela que temos as soluções dos bons, dos grandes e dos pequenos problemas deste país", completou.

Carros populares

Lula ainda disse que pretende criar estímulos à indústria automobilística para que produza carros populares mais baratos. "Nós sabemos que 60% dos carros vendidos no ano passado foram vendidos à vista, porque não tem política de crédito pra financiar. E a classe média baixa não tá comprando mais carro, porque um carro de R$ 90 mil não é um carro popular", afirmou.

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O governo tem feito estudos para diminuir o valor de veículos de entrada no mercado nacional, e a intenção é que esses automóveis sejam vendidos por, no máximo, R$ 60 mil.

Entre as ideias para viabilizar a redução do valor dos automóveis, o governo avalia cortar tributos, em especial o imposto sobre produtos industrializados (IPI), responsável por uma das maiores alíquotas que incidem sobre os custos de fabricação de um veículo e que varia entre 7% e 25%, a depender do tipo de motor e do combustível que o carro usa.

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Desde agosto do ano passado, a carga do IPI já está reduzida em quase 25% sobre os automóveis. Um dos pontos em discussão pela gestão de Lula, no entanto, é que haja uma diminuição ainda maior para modelos que custem até R$ 100 mil.

O Palácio do Planalto analisa ainda se é possível baixar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Essa negociação, contudo, deve ser mais difícil, visto que o tributo é de competência estadual, o que exige o aval dos governadores. Além disso, o Executivo teria de apresentar uma fonte para compensar eventuais perdas de arrecadação das unidades da Federação.

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