Lula conversa com o presidente do Egito e pede ajuda para retirar brasileiros de Gaza
O presidente da República também assumiu o compromisso de enviar ajuda humanitária à região, com kits de remédios
Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, na tarde deste sábado (14), para pedir ajuda na retirada dos brasileiros que estão tentando sair da Faixa de Gaza. O avião presidencial, o VC-2 da Embraer, com capacidade para transportar 40 pessoas, está na Itália e aguarda a autorização do Egito para buscar os cidadãos brasileiros que tentam sair da zona de guerra.
Uma parte do grupo que estava abrigado em uma escola católica conseguiu avançar rumo ao Egito na tarde deste sábado. A Embaixada do Brasil na Palestina alugou uma casa para abrigá-los enquanto não há liberação de entrada no território egípcio.
Lula informou a Al-Sissi que, assim que os brasileiros cruzarem a passagem de Rafá, no sul de Gaza, serão acompanhados pelo embaixador do Brasil no Egito até o Aeroporto de Arish, onde embarcarão com destino ao Brasil. "O presidente Lula salientou, ainda, a importância em se criar corredor humanitário para a saída dos estrangeiros que querem retornar a seus países", completa a nota do Planalto.
Além disso, o presidente disse que o Brasil deve enviar ajuda humanitária a Gaza, como kits de medicamentos.
"O presidente Lula confirmou que o Brasil, no exercício da presidência do Conselho de Segurança da ONU, manterá atuação incansável para evitar um desastre humanitário ainda maior e o alastramento do conflito. Ambos os presidentes reafirmaram a defesa da solução de dois Estados e acordaram manter consultas frequentes sobre a crise em curso", informou o Planalto.
Mais cedo, o presidente também conversou por telefone com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Além de ajuda humanitária, Lula falou sobre a busca de uma solução para o fim da guerra entre Israel e a Palestina.
Segundo o Planalto, Lula expressou preocupação com os civis na região e o bloqueio de ajuda humanitária. Ele ainda reforçou a posição histórica do Brasil de reconhecimento do Estado palestino.