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Lula critica ‘extremistas’ que visam ‘ganhos eleitorais’ com ‘inverdades’ sobre o clima

Presidente abriu cúpula de líderes da COP30, em Belém; Trump e Milei, que não priorizam pauta climática, não participam

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, enviada especial a Belém

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Luiz Inácio Lula da Silva critica 'extremistas' que utilizam inverdades para ganhos eleitorais em discurso na COP30.
  • Evento em Belém reúne líderes de 143 países, mas não conta com Trump e Milei, que não priorizam questões climáticas.
  • Lula destaca a urgência de abordar as mudanças climáticas, enfatizando a importância de recursos voltados para essa causa.
  • O presidente participa de reuniões bilaterais e lançará o Fundo Florestas Tropicais para Sempre durante as discussões.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Lula deu início aos trabalhos da cúpula de líderes Ricardo Stuckert / PR - 02.11.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta quinta-feira (6) a urgência de discutir o combate às mudanças climáticas e criticou líderes “extremistas” que contam “inverdades” para “ganhos eleitorais”.

A fala de Lula ocorreu na abertura da cúpula de líderes da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025), que reúne representantes de ao menos 143 países até sexta (7), em Belém.


Sem citar nomes, o petista afirmou que essa postura impede que as próximas gerações enfrentem as desigualdades sociais e ambientais. “Forças extremistas fabricam inverdades para obter ganhos eleitorais e aprisionar as gerações futuras a um modelo ultrapassado que perpetua disparidades sociais e econômicas e degradação ambiental”, declarou.

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O evento na capital paraense não contará com a presença dos presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, nem da Argentina, Javier Milei, que não priorizam a pauta climática.


Apesar das ausências, os dois países terão delegações de representantes na cúpula e na COP30, que começa na próxima segunda (10) e vai até 21 de novembro.

Lula aproveitou para criticar novamente as guerras no Oriente Médio e na Europa. “Rivalidades estratégicas e conflitos armados desviam a atenção e drenam os recursos que deveriam ser canalizados para o enfrentamento do aquecimento global”, acrescentou.


Gafe

O discurso lido pelo petista durou cerca de 10 minutos. Após a parte escrita, o presidente improvisou e acabou confundindo os estados do Pará e do Amazonas.

“A gente tem que agradecer a disposição de fazer essa COP da Amazônia na Amazônia. Muita gente não acreditava que fosse possível trazer para o estado do Amazonas uma COP, porque as pessoas estão mais habituadas a desfilar por grandes cidades. E nós resolvemos que a Amazônia para o mundo é como se fosse uma Bíblia: todo mundo sabe que existe e interpreta cada um da sua forma”, destacou.


Lula agradeceu e pediu aplausos para os trabalhadores que “construíram em pouco tempo esse espaço que estamos ocupando” e aos que “vão nos atender durante a COP”.

Programação

Mais cedo, Lula recebeu as autoridades e no almoço ele vai lançar o TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre, na sigla em inglês), iniciativa brasileira de preservação ambiental. O petista busca investimentos externos para o fundo.

De tarde, o brasileiro inaugura a primeira sessão temática da cúpula, sob o chamado de “Clima e Natureza: Florestas e Oceanos”.

Após os debates, Lula oferece um jantar aos líderes globais. Entre os eventos oficiais, o presidente deve seguir com reuniões bilaterais com autoridades de outros países.

Para esta quinta, estão previstos encontros com o príncipe de Gales, William, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente da França, Emmanuel Macron.

Cúpula de líderes

Segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, a cúpula é o momento em que os líderes mundiais “darão o termo de referência” para orientar as negociações da COP30.

Embora nas últimas COPs — realizadas nos Emirados Árabes Unidos e no Azerbaijão — as reuniões de líderes tenham aberto oficialmente o evento, o formato deste ano será diferente: o encontro de alto nível foi deslocado do calendário oficial da conferência, mas manterá o papel de definir as diretrizes políticas que guiarão as tratativas da COP30.

Na sexta-feira, os debates se concentrarão em transição energética pela manhã e, à tarde, em NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas), financiamento climático e nos dez anos do Acordo de Paris.

Além disso, são esperadas, para a cúpula dos líderes, novas iniciativas e compromissos multilaterais. Entre eles, o Chamado à Ação sobre Manejo Integrado do Fogo, o Compromisso de Belém pelos Combustíveis Sustentáveis e a Declaração sobre Fome, Pobreza e Ação Climática.

Lula também deve apresentar um Chamado à Ação Climática, para identificar lacunas na implementação do regime internacional do clima e propor soluções para superá-las.

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