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Lula critica tarifaço de Trump: ‘Se a gente gostasse de imperador, o Brasil ainda seria monarquia’

Presidente diz que Donald Trump age como imperador do mundo e cobrou de ministros defesa da soberania nacional

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Lula critica as tarifas impostas pelos EUA e compara Trump a um "imperador do mundo".
  • O presidente enfatiza a defesa da soberania nacional e a importância de legislações brasileiras.
  • Governo brasileiro implementa o "Plano Brasil Soberano" para mitigar os impactos das tarifas nos setores afetados.
  • Reunião ministerial discute prioridades do governo até 2026 e recentres mudanças em ministérios.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Lula convocou reunião ministerial para alinhar discurso contra o tarifaço Ricardo Stuckert / PR - 12.08.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar as tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil e a outros países. Segundo Lula, Donald Trump age como se fosse o “imperador do mundo”. A declaração ocorreu na abertura da reunião ministerial no Palácio do Planalto, nesta terça-feira (26).

“O governo dos Estados Unidos tem agido como se fosse o imperador do planeta Terra. Ou seja, é uma coisa descabida, porque eu não vou repetir o que eu já falei sobre o Brasil, mas ele [Trump] continua fazendo ameaças ao mundo inteiro”, disse.


Lula convocou a equipe para fazer um balanço e projetar as prioridades do governo até 2026. Também está na pauta um alinhamento do discurso do Executivo em relação ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros.

No discurso, o petista também cobrou que todos os ministros adotem um posicionamento em defesa da soberania nacional.


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Lula citou que Trump publicou uma nota nessa segunda-feira (25) ameaçando os países que regulassem as big techs. “Ele publicou uma nota ameaçando que quem mexer com as big techs deles vai sofrer as consequências. E ameaça qualquer país. [Para Trump] as big techs são um patrimônio americano que ele não aceita que ninguém mexa. Isso pode ser verdade para ele”, ponderou.

Em seguida, no entanto, Lula reforçou que o Brasil é um país soberano. “Temos uma Constituição, uma legislação, e quem quiser entrar nesses 8,5 milhões de km², no nosso espaço aéreo, nas nossas florestas, no nosso espaço marítimo, tem que prestar contas à nossa Constituição e à nossa legislação. É assim que tem que ser para que a gente possa construir e fortalecer esse mundo democrático, multilateralista, que o Brasil faz questão de defender”, disse.


“Nós aceitamos relações cordiais com o mundo inteiro, mas não aceitamos desaforo, ofensas e petulância de ninguém. Se a gente gostasse de imperador, a gente não tinha acabado com o império. Se a gente gostasse de imperador, o Brasil ainda seria monarquia. A gente não quer mais. A gente quer esse país democrático, soberano e republicano, que foi o que aprendemos a construir”, afirmou.

Reunião ministerial

A expectativa do Executivo é reforçar, principalmente, as ações tomadas para amenizar os impactos. A taxa de 50% sobre produtos brasileiros comprados pelos EUA foi anunciada em 9 de julho e passou a valer em 6 de agosto.


Uma semana depois da vigência da tarifa, o governo anunciou um plano de contingência — batizado de Plano Brasil Soberano — para socorrer os setores mais afetados. A medida prevê a manutenção de empregos, a devolução de parte dos impostos pagos pelas empresas e a compra, pelo governo, de alimentos perecíveis para o consumo em escolas, hospitais e nas Forças Armadas.

Essa é a segunda reunião ministerial realizada por Lula neste ano. A primeira ocorreu em janeiro, em meio às discussões sobre trocas na Esplanada e após o mal-estar gerado pela polêmica do Pix.

Naquele encontro, também foram debatidos programas e ações para 2025 e houve um balanço dos dois primeiros anos do terceiro mandato de Lula à frente do Palácio do Planalto.

De lá para cá, o presidente trocou o comando de quatro pastas. O petista demitiu, em fevereiro, Nísia Trindade, do Ministério da Saúde. Ela foi substituída pelo então titular das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Com Padilha na Saúde, o ministério responsável pela articulação política do governo com o Legislativo passou para Gleisi Hoffmann.

Em abril, Juscelino Filho pediu demissão do Ministério das Comunicações após ser denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por corrupção. O cargo foi assumido por Frederico de Siqueira Filho.

No mês seguinte, Lula tirou Cida Gonçalves do comando do Ministério das Mulheres e passou o posto para Márcia Lopes.

Perguntas e respostas

Qual foi a crítica de Lula em relação às tarifas impostas pelos Estados Unidos?

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou as tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil e a outros países, afirmando que Donald Trump age como se fosse o “imperador do mundo”. Essa declaração foi feita durante a abertura de uma reunião ministerial no Palácio do Planalto.

O que Lula pediu aos ministros durante a reunião?

Lula convocou sua equipe para que todos adotassem um posicionamento em defesa da soberania nacional, enfatizando a necessidade de um alinhamento no discurso do Executivo em relação às tarifas americanas.

Como Lula descreveu a postura de Trump em relação às big techs?

Lula mencionou que Trump publicou uma nota ameaçando países que regulassem as big techs, afirmando que para Trump, essas empresas são um patrimônio americano que não deve ser tocado por outros países.

Qual foi a afirmação de Lula sobre a soberania do Brasil?

Lula reafirmou que o Brasil é um país soberano, com sua própria constituição e legislação, e que qualquer um que queira entrar em seu território deve respeitar essas normas. Ele destacou a importância de construir um mundo democrático e multilateralista.

O que Lula disse sobre relações internacionais?

Ele afirmou que o Brasil aceita relações cordiais com todos, mas não tolera ofensas ou desrespeito. Lula comparou a situação atual com a história do Brasil, dizendo que se o país gostasse de imperadores, ainda seria uma monarquia.

Quais ações o governo brasileiro está tomando em resposta às tarifas?

O governo anunciou um plano de contingência, chamado Plano Brasil Soberano, para ajudar os setores mais afetados pelas tarifas, incluindo a manutenção de empregos e a devolução de impostos pagos pelas empresas.

Quando ocorreu a última reunião ministerial de Lula e quais foram os temas discutidos?

A última reunião ministerial ocorreu em janeiro e abordou trocas na Esplanada, além de um balanço dos dois primeiros anos do terceiro mandato de Lula. Desde então, houve mudanças no comando de quatro ministérios.

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