Lula defende que Cúpula do G20 discuta ‘jornadas de trabalho mais equilibradas’
Fala foi dada durante encerramento do G20 Social, momento em que presidente recebeu propostas da sociedade civil
Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília
Durante o encerramento do G20 Social e a entrega das propostas elaboradas pela sociedade civil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, neste sábado (16), que a Cúpula do G20 seja espaço para discutir “jornadas de trabalho mais equilibradas” e redução de custo de vida. Segundo ele, os membros do grupo que reúne as principais economias do mundo “têm poder e responsabilidade de fazer a diferença”.
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“A economia e a política nacional não são monopólio de especialistas e burocratas; não estão só nos escritórios da bolsa de Nova York ou de São Paulo, nem só nos gabinetes de Washington, Pequim, Bruxelas ou Brasília. Elas fazem parte do dia-a-dia de cada um de nós, alargando ou estreitando as nossas possibilidades”, discursou Lula, ao defender a participação social nas discussões do G20.
Sociedade civil
Esta foi a primeira vez que a cúpula foi antecedida por uma reunião da sociedade civil, o G20 Social. O evento contou com 46,8 mil inscritos e mais de 15,1 mil pessoas credenciadas para participar dos debates que, ao todo, abordaram mais de 300 temas. As discussões tiveram como base três eixos: combate à fome e às desigualdades; mudanças climáticas e sustentabilidade; e reforma da governança global.
Lula prometeu levar a Declaração Final do G20 Social para a mesa da cúpula e pediu à sociedade civil que permaneça participando das discussões, em busca de um “mundo mais justo e um planeta sustentável”. Avaliou, ainda, ser importante o engajamento na Cúpula dos Brics e na COP30, outros dois eventos mundiais que serão sediados no Brasil em 2025.
“A presidência brasileira do G20 deixará um legado robusto de realizações, mas ainda há muito por fazer para melhorar a vida das pessoas. Para chegar ao coração dos cidadãos comuns, os governos precisam romper com a dissonância cada vez maior entre a voz dos mercados e a voz das ruas”, avaliou o presidente.