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Lula defende que ‘nenhum presidente’ deve dar palpite sobre Venezuela

Estados Unidos confirmam autorização de ações da CIA contra Maduro

Brasília|Da Agência Brasil

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Lula defende que apenas o povo venezuelano deve decidir seu destino, criticando a interferência de outros presidentes.
  • O presidente expressou preocupação com a movimentação militar dos EUA no Caribe e as ações da CIA na Venezuela.
  • Lula também condenou a inclusão de Cuba na lista de países que patrocinam o terrorismo, ressaltando a dignidade do povo cubano.
  • Analistas alertam que a intervenção dos EUA na Venezuela pode abrir precedentes para ações similares na América Latina.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

01.03.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião bilateral com o Presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro - Kingstown, São Vicente e Granadinas
Foto: Ricardo Stuckert / PR
Lula saiu em defesa da Venezuela após ações dos EUA contra regime de Maduro Ricardo Stuckert/PR - 1.3.2024

Sem citar o presidente Donald Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa da Venezuela, e também de Cuba, em meio ao aumento da pressão dos Estados Unidos contra o governo de Nicolás Maduro.

“Todo mundo diz que a gente vai transformar o Brasil na Venezuela. O Brasil nunca vai ser a Venezuela, e a Venezuela nunca vai ser o Brasil, cada um será ele [próprio]. O que defendemos é que o povo venezuelano é dono do seu destino, e não é nenhum presidente de outro país que tem que dar palpite de como vai ser a Venezuela ou vai ser Cuba”, disse Lula nessa quinta-feira (16) em evento do PCdoB, em Brasília.


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O Brasil, em conjunto com a maioria dos países da América Latina, já havia manifestado preocupação com a movimentação militar de Washington nas águas do Caribe.

O presidente brasileiro falou um dia depois de Trump confirmar que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela para derrubar o governo em Caracas, o que é uma violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas.


Lula também condenou a manutenção de Cuba na lista de países que patrocinam o terrorismo.

“O que nós dizemos publicamente é que Cuba não é um país de exportação de terroristas. Cuba é um exemplo de povo e dignidade”, disse.


Os EUA tentam, desde a década de 1960, mudar o sistema político de Cuba aplicando um embargo econômico e financeiro que pune empresas e embarcações que comercializem com a ilha caribenha.

Com o início do novo governo Trump, as medidas contra Cuba foram reforçadas, incluindo ameaças contra nações que contratam serviços médicos da ilha, uma das poucas fontes de receita do país. Cuba vive uma crise econômica com recorrentes quedas de energia.


Venezuela

Desde agosto, os EUA têm enviado milhares de militares, navios de guerra e aviões para o Caribe com a justificativa de combater o tráfico de drogas da Venezuela.

Segundo a imprensa americana, o Exército do país já teria lançado seis ataques contra embarcações, assassinando mais de 30 pessoas.

O governo Maduro denuncia que os EUA buscam realizar uma “mudança de regime” e promete denunciar as ações no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).

Segundo especialistas, o interesse dos Estados Unidos na Venezuela é geopolítico, considerando que o país tem as maiores reservas de petróleo do planeta e não possui qualquer cartel produtor de drogas.

Para os analistas em política internacional, a ação de Trump na Venezuela é um precedente perigoso que abre espaço para intervenções de Washington em outros países do continente sempre que a Casa Branca tiver seus interesses contrariados, a exemplo do que ocorreu durante toda a Guerra Fria com os apoios a ditaduras militares na região.

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