Lula deve participar de seis fóruns internacionais até o fim do ano
Além dos fóruns, o chefe do Executivo deve viajar ao México em outubro para posse da nova presidente do país
Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7 em Brasília, e Caroline Aguiar, da RECORD
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve participar de ao menos seis fóruns internacionais até dezembro deste ano. Uma dessas reuniões, a cúpula do G20, será no Rio de Janeiro, em novembro. O restante das agendas será em outros países. Com as participações nos eventos, Lula terá visitado 15 países neste ano — com possibilidade de o número subir para 16, já que o petista deve ir à posse da nova presidente do México, Claudia Sheinbaum, marcada para 1º de outubro.
A previsão é que o petista participe da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York, nos Estados Unidos, no fim deste mês. O Brasil, sob a liderança de Lula, vai promover duas reuniões de cunho global às margens do fórum. (leia mais abaixo).
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Lula vai a Cazã, na Rússia, em outubro para a cúpula dos Brics, grupo que, inicialmente, reunia Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Desde o início deste ano, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos fazem parte do bloco. A presidência dos Brics, que é rotativa, está sob a Rússia.
Em novembro, o presidente viaja para Lima, no Peru, para participar da reunião de líderes econômicos da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico). No mesmo mês, o petista se desloca para Baku, no Azerbaijão, para a COP29 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas). Ainda em novembro, Lula será o anfitrião da cúpula do G20, evento que encerrará a presidência brasileira do bloco. O grupo é formado pelas maiores economias do mundo e pelas uniões Africana e Europeia.
Em dezembro, Lula participa, em Montevidéu, no Uruguai, de reunião do Mercosul, formado por Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina.
Discussões promovidas pelo Brasil na ONU
Os encontros organizados pelo Brasil às margens da Assembleia Geral da ONU incluem debates sobre a reforma da governança de organismos multilaterais e a defesa da democracia. As duas propostas são defendidas pelo governo brasileiro, e Lula tem convidado líderes mundiais para participar dos encontros. A reunião dos líderes democráticos contra o extremismo é uma iniciativa do petista e do presidente de governo da Espanha, Pedro Sánchez.
Lula quer debater uma agenda mais inclusiva com as principais lideranças do mundo. Não há, ainda, uma lista fechada dos eventuais participantes dos encontros, mas é costume que todos os países associados da ONU participem das agendas organizadas às margens do evento. Ao todo, a organização é composta por 193 membros.
O presidente também organiza uma resposta mais efetiva para a ideia de reforma da governança de organismos multilaterais, como a própria ONU e o FMI (Fundo Monetário Internacional). O tema foi debatido, inclusive, com a diretora-geral do banco, Kristalina Georgieva, no primeiro semestre deste ano.