Lula diz que ministro indiciado pela PF presta bom serviço para o governo
Ministro foi indiciado por seis crimes, mas advogados argumentam que investigação está repleta de ilegalidades
Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em entrevista a uma rádio do Maranhão nesta sexta-feira (21) que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), está desempenhando um papel positivo no governo. Lula saiu em defesa do ministro, que foi indiciado pela Polícia Federal.
“Eu sempre trabalho com a ideia de que nenhum ser humano é completamente mau. Pode haver um lado negativo, mas também há coisas boas. Então, acredito que Juscelino está contribuindo positivamente para o governo, está trabalhando”, afirmou.
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Juscelino Filho foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita de corrupção passiva, organização criminosa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e fraude em licitação. Os advogados de Juscelino Filho argumentaram que a investigação da corporação está repleta de “inconstitucionalidades e ilegalidades graves”.
A defesa do ministro destacou que a investigação policial se baseou em informações incorretas sobre a diferença entre o valor adiantado pela Codevasf e o trabalho efetivamente realizado pela construtora responsável pela obra. “O indiciamento do delito revela, a não mais poder, o tom excessivo e desproporcional que a investigação tomou”, alegaram os advogados.
A defesa argumenta que essa discrepância foi usada para justificar uma ação sem uma base probatória sólida. Além disso, sustenta que os elementos apresentados pela autoridade policial são especulativos e carentes de provas concretas.
O presidente está realizando agendas pelo Nordeste desde quinta-feira (20), tendo visitado Ceará e Piauí antes de chegar a São Luís, no Maranhão, nesta sexta-feira. Durante sua estadia na capital maranhense, Lula deve fazer anúncios nos setores portuário, elétrico, esportivo e de mobilidade. Ele também descartou a possibilidade de uma reforma ministerial no governo, declarando estar satisfeito com seus ministros e que fará mudanças apenas quando necessário.