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Lula diz que será ‘cada vez mais esquerdista e socialista’ para entregar mais resultados

Declaração é feita ao comemorar a saída do Brasil do Mapa da Fome; presidente afirma que a fome ‘corrói por dentro’

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Lula afirma que se tornará 'cada vez mais esquerdista e socialista' para melhorar a entrega de resultados do governo.
  • Declaração foi feita ao comemorar a saída do Brasil do Mapa da Fome durante uma reunião do Consea.
  • O presidente destaca a importância de abordar a fome como prioridade e critica a falta de sensibilidade dos políticos.
  • Ele alerta que a fome pode voltar a ser um problema se não for tratado como uma obrigação constitucional pelo governo.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Se entrar uma coisa qualquer' no governo, 'a fome volta outra vez', ressalta Lula Ricardo Stuckert/PR - 28.07.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (5) que pretende ser “cada vez mais esquerdista e socialista” para aumentar a quantidade de entregas feitas pelo governo.

A declaração foi feita pelo petista na plenária do Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), ao comemorar a saída do Brasil do Mapa da Fome.


“A gente pode fazer muito mais coisa do que a gente está fazendo, e esse é o desafio de quem já foi presidente três vezes. Porque, cada vez mais, eu tenho que fazer mais. Significa que cada vez vou ficar mais esquerdista, mais socialista e vou ficar achando que a gente pode mais”, declarou.

Em discurso emocionado, Lula relembrou a própria trajetória e disse que “falta sensibilidade” nos políticos que não separam parte do orçamento público ao combate à fome.


“Fico imaginando a falta de sensibilidade das pessoas que governam o mundo. Eu posso dizer para vocês: é muito fácil fazer discurso, mas cuidar do pobre de verdade, você não cuida com a consciência da cabeça, é com o coração“, acrescentou.

“Você tem que ter sentido aquilo, tem que ter sentimento sobre aquilo, precisa ter vivido ou ter conhecido alguém que viveu aquilo. A fome não dói, a fome vai corroendo por dentro. E o que é mais grave é que as pessoas têm vergonha de dizer que estão com fome”, completou, sob lágrimas, enquanto contava episódios da juventude.


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O presidente afirmou, ainda, que a fome pode aumentar novamente no Brasil caso o tema não seja prioritário.

“A gente, se deixar o governo e entrar uma coisa qualquer neste país, a fome volta outra vez, porque não é prioridade. Não deveria ser um compromisso de governo, deveria ser uma obrigatoriedade constitucional. Num governo que tiver gente passando fome, tem que decapitar o presidente. Alguém deixar a gente passar fome é o fim”, declarou.


Lula também criticou a falta de diversidade social entre a classe política e o que chamou de programas “quebra-galho”.

“Se a gente for olhar o Congresso Nacional, de qualquer país do mundo, vai ver que não tem ninguém lá com experiência de quem passou fome. As pessoas que estão na maioria dos governos do mundo, não tem ninguém lá que passou fome”, observou.

“Então, a fome é um programa sociológico, não é uma coisa real para muita gente, que não viveu. Temos que ter a capacidade de transformar esse problema, que parece insolúvel, num problema político real. Fazer com que o debate permeie toda a sociedade. Não dá para ter política quebra-galho porque assim a gente não resolve esse problema”, frisou o petista.

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