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Lula diz que tem um ‘limite’ no que pode falar com os EUA e defende igualdade nas negociações com países

Presidente negou querer desafiar Trump, mas sustentou diminuir dependência do dólar: ‘Nós apenas queremos dizer: eu quero passar’

Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Presidente Lula afirma ter um "limite" no que pode discutir com os EUA.
  • Ele enfatiza a necessidade de preservar negociações contra a taxação de produtos brasileiros.
  • Lula se manifestou durante conferência do PT em Brasília, a poucos dias do início da taxa de 36% dos produtos.
  • O presidente deseja reduzir a dependência do dólar nas negociações internacionais.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O presidente Lula citou negociações com os EUA durante discurso para apoiadores do PT Reprodução/PT - 03.08.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste domingo (3), ter um “limite” no que pode falar com os Estados Unidos, para não fazer posicionamentos que não sejam necessários nas negociações contra a taxação ao Brasil.

“Nessa briga que a gente está falando agora, com a taxação dos EUA, eu tenho limite de briga com o governo americano. Não posso falar tudo que acho que devo falar, tenho que falar o que é possível falar, o que é necessário“, afirmou Lula.


A declaração aconteceu durante conferência do PT, em Brasília, e se dá a três dias antes do início previsto para a taxação dos EUA. A previsão é de que as mudanças alcancem 36% dos produtos brasileiros ao país, a partir de quarta-feira (6).

Lula ainda atribuiu o movimento de cobrança adicional a produtos exportados aos movimentos que o Brasil têm feito para ampliar relações no exterior, como a busca pelo acordo entre Mercosul União e Europeia.


O presidente também negou que as ações internacionais tenham intenção de desafiar algum país.

“Isso começa a assustar pessoas que acham que são donas do mundo. ‘Como é que aparece um país que até ontem era tratado como se fosse republiqueta de bananas querendo falar grosso? Querendo dizer que é preciso criar uma moeda de comércio para não ficar tudo dependendo do dólar? Como que parece um país que fica ousando a desafiar a grande potência?’”, comparou.


Mas, segundo Lula, não há objetivo de desafiar: “Nós apenas queremos dizer, eu quero passar. É só isso”.

Lula ainda argumentou que a posição dele frente ao Planalto é voltada para negociar em “igualdade de condições” com qualquer país e avaliou como “inaceitável” atrelar assuntos políticos à taxação.


“Os EUA é muito grande, o país mais bélico do mundo, mais tecnológico do mundo, o mais econômico do mundo. Tudo isso é muito importante, mas nós queremos ser respeitados pelo nosso tamanho. Nós temos interesses econômicos, temos interesses estratégicos, nós queremos crescer e nós não somos uma republiqueta”, disse. “Tentar colocar um assunto político para nos taxar economicamente é inaceitável”, completou.

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