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Lula debate acordo por eleições justas na Venezuela com líderes latino-americanos e europeus

Representantes liberaram uma nota conjunta sobre a situação venezuelana e acertaram um novo balanço em novembro de 2023

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Acordo quer garantir eleições justas na Venezuela
Acordo quer garantir eleições justas na Venezuela

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e líderes estrangeiros discutiram nesta terça-feira (18) um acordo para eleições justas e transparentes na Venezuela. A reunião terminou com a divulgação de uma nota conjunta entre os participantes e ocorreu paralelamente à Terceira Cúpula de Líderes da União Europeia e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que ocorre em Bruxelas, na Bélgica.

Estiveram no encontro, além de Lula, os presidentes da França, Emmanuel Macron, da Colômbia, Gustavo Petro, e da Argentina, Alberto Fernández, o alto representante da União Europeia para Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodriguez, e o negociador-chefe da plataforma unitária da oposição venezuelana, Gerardo Blyde.

Segundo o governo federal brasileiro, a iniciativa dá seguimento ao debate sobre a situação na Venezuela durante o Fórum da Paz de Paris, em novembro de 2022. Os líderes também relembraram a assinatura de um acordo social intervenezuelano assinado no México e solicitaram a implementação efetiva dessa tratativa. 

Um dos objetivos é que as partes venezuelanas cheguem a um acordo sobre condições para as próximas eleições e o governo, por meio de comunicado, informou que o processo deve ser acompanhado da suspensão das sanções contra o país governado por Maduro, de todos os tipos.


"Eles fizeram um apelo em prol de uma negociação política que leve à organização de eleições justas para todos, transparentes e inclusivas, que permitam a participação de todos que desejem, de acordo com a lei e os tratados internacionais em vigor, com acompanhamento internacional. Esse processo deve ser acompanhado de uma suspensão das sanções, de todos os tipos, com vistas à sua suspensão completa", diz a nota do Planalto.

Leia mais: Venezuela não pode receber financiamento do Brasil enquanto não quitar dívida, diz Itamaraty


O diálogo entre os representantes de Estado deve continuar, e foi acertado um novo balanço em prol da resolução da situação venezuelana marcado para o Fórum da Paz de Paris, a ser realizado em 11 de novembro de 2023. 

Cúpula em Bruxelas

Na manhã desta terça, Lula participou de um café da manhã com diversas lideranças de governos, partidos e movimentos progressistas da América Latina, do Caribe e da Europa.


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Além do petista, participaram do encontro os presidentes Alberto Fernández (Argentina), Gabriel Boric (Chile) e Gustavo Petro (Colômbia), o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Fredricksen, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, entre outros. O governo do México foi representado pela secretária de Relações Exteriores, Alícia Barcena.

Segundo o Planalto, o evento foi organizado pelo ex-primeiro-ministro da Suécia Stefan Löfven, líder do Partido Socialista Europeu, que atua dentro do Parlamento da União Europeia.

À tarde, Lula participa da plenária da cúpula entre a Celac e a União Europeia. A abertura da cúpula ocorreu nesta segunda-feira (17) e discutiu temas relacionados a mudança do clima, comércio e desenvolvimento sustentável, inclusão social, recuperação econômica pós-pandemia, transição energética, transformação digital justa e inclusiva e migrações, entre outros assuntos.

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