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Lula manda exonerar Anderson Torres do conselho fiscal da Caixa Loterias

Processo de demissão já foi iniciado e a saída dele do grupo deve ser concluída após a realização de uma assembleia dos acionistas

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Anderson Torres participa de evento enquanto comandava o Ministério da Justiça
Anderson Torres participa de evento enquanto comandava o Ministério da Justiça Anderson Torres participa de evento enquanto comandava o Ministério da Justiça

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mandou exonerar Anderson Torres do conselho fiscal da Caixa Loterias. O processo de demissão já foi iniciado, segundo apurou a reportagem, e a saída dele do grupo deve ser concluída após a realização de uma assembleia dos acionistas.

Torres foi ex-ministro da Justiça da gestão Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Atualmente, está preso de forma preventiva no batalhão da Polícia Militar do DF por suposta omissão em relação aos atos feitos por extremistas, que invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no último dia 8.

O nome de Torres foi aprovado como membro do conselho fiscal da Caixa Loterias durante assembleia realizada em 5 de abril de 2022. O mandato do ex-ministro teria validade até 2024, com a possibilidade de outras duas reconduções.

De acordo com a estatal, o conselho fiscal é composto por três membros efetivos e seus respectivos suplentes, sendo um indicado pelo Ministério da Economia, como representante do Tesouro e que deverá ser servidor e ter vínculo permanente com a administração pública, e outros dois indicados pelo acionista controlador.

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Ao R7, o Ministério da Economia, comandado pelo ministro Fernando Haddad, afirmou que o processo de exoneração já foi iniciado. Não há, por enquanto, eventual substituto. "A exoneração de Anderson Torres como representante do governo no conselho fiscal da Caixa loterias foi pedida na semana passada", diz a nota.

A Caixa Econômica Federal informou que o processo de exoneração do ex-ministro foi concluído em 10 de janeiro. Procurado pela reportagem, a defesa de Torres não se pronunciou. O espaço está aberto para manifestação.

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Prisão

O ex-ministro da Justiça foi preso na manhã de sábado (14) ao desembarcar no aeroporto de Brasília. Ele veio de Miami, nos Estados Unidos, em voo comercial. No mesmo dia, passou por audiência de custódia, que foi conduzida pelo desembargador Airton Vieira.

A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes e confirmada pelo Supremo Tribunal Federal em razão dos atos de vandalismo registrados em Brasília no domingo (8) por manifestantes insatisfeitos com a vitória de Lula.

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Durante busca e apreensão na residência de Torres em Brasília, a Polícia Federal encontrou uma minuta (um rascunho) de um decreto que tentaria mudar o resultado da eleição. O documento encontrado pela corporação no armário supostamente tinha como objetivo decretar estado de defesa no prédio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Torres foi exonerado no cargo de Secretário de Segurança Pública do DF no mesmo dia dos atos extremistas - 8 de janeiro. Um dia antes, porém, ele estava nos Estados Unidos para as férias, que começariam oficialmente no dia 9. Após o pedido de prisão, o ex-ministro disse que ia interromper a viagem e voltar de forma antecipada ao Brasil para dar cumprimento à medida judicial.

Em uma rede social, Torres divulgou uma nota em que rebate as suspeitas de conivência com os extremistas. Ele também disse que foi surpreendido pela violência da manifestação e que as cenas vistas em Brasília eram "inimagináveis a todas as instâncias dos poderes da República brasileira".

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