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Lula quer Arábia Saudita parceira na produção de energia renovável e de fertilizantes

Fabricação do insumo seria saída para crise após guerra na Ucrânia; Brasil busca ampliar negócios com país do Oriente Médio

Brasília|Luiz Fara Monteiro, enviado especial da Record à Arábia Saudita, e Lucas Nanini, do R7, em Brasília

Presidente Lula se reúne com empresários sauditas
Presidente Lula se reúne com empresários sauditas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira (29) que Brasil e Arábia Saudita atuem em conjunto para o desenvolvimento de energia limpa e renovável. Ele também propôs que os países sejam parceiros na produção de fertilizantes, como alternativa ao mercado mundial durante conflito entre Rússia, um dos maiores produtores do insumo, e Ucrânia.

Lula discursou durante sessão de encerramento da “Mesa Redonda Brasil-Arábia Saudita”, com empresários e autoridades sauditas, que busca estreitar as relações comerciais entre os dois países. O encontro aconteceu em Riad, capital econômica da nação do Oriente Médio.

O presidente afirmou que quer o apoio da Arábia Saudita durante a reunião do G-20 em 2024. Segundo o petista, o Brasil vai discutir a questão do clima “com muita força” durante o encontro. “Porque no Brasil nós estamos levando muito a sério essa questão da energia renovável, e vocês sabem que nossa energia elétrica é quase 90% renovável, e o potencial do Brasil em outras energias é muito grande. Nós queremos construir essa parceria com vocês, que sejam sócios do Brasil no desenvolvimento dessa nova matriz energética, que o mundo precisa, que o mundo sonha e que nós podemos oferecer”, disse.

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Ele defendeu a tese de que empresários árabes e brasileiros devem estabelecer uma relação mais próxima para gerar desenvolvimento em ambos os países e aumentar os valores em negócios, que hoje giram na casa de US$ 8 bilhões por ano, segundo o presidente. A expectativa é elevar esse valor para US$ 20 milhões anuais até 2030. Lula ressaltou que o Brasil tem uma boa base intelectual, científica e tecnológica, um sistema financeiro sólido e empresas de ponta no mercado.

“Por exemplo, a gente poderia fazer investimentos cruzados entre a nossa Petrobras e empresas da Arábia Saudita para produzir fertilizante e dar uma garantia ao mundo, com a incerteza criada com a guerra da Rússia na Ucrânia. Nós estamos falando em crescimento econômico e desenvolvimento quando uma parte do mundo fala em guerra.

Presidente Lula durante discurso em sessão com empresários da Arábia Saudita
Presidente Lula durante discurso em sessão com empresários da Arábia Saudita

Lula chegou a Riad nesta terça (28). A primeira agenda oficial foi uma reunião com o

príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman. Em pauta, “investimentos sauditas no Brasil em diversos setores e sobre o potencial de exportações brasileiras", conforme escreveu o presidente em uma rede social.

Em viagem

A principal agenda é a participação na 28ª Conferência de Mudanças Climáticas (COP 28), da Organização das Nações Unidas (ONU), que acontece nos Emirados Árabes. Depois da Arábia Saudita, Lula segue para Doha, no Catar. O presidente terá agendas com as realezas locais e empresários.

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Depois da COP 28, Lula vai para a Alemanha, "com chegada prevista no dia 2 ou 3 de dezembro, para se reunir com representantes do governo local" e tratar de temas de interesse dos dois países, de acordo com o Executivo.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou que o papel do Brasil durante a COP será protagonizar a transição energética justa e inclusiva. “Queremos defender que ela seja obrigatória [...] para que nós possamos proteger o planeta. No caso do Brasil, especialmente, gerar oportunidades de emprego e renda, combater desigualdade e fazer inclusão social, que é o grande objetivo do governo do presidente Lula", afirmou.

Silveira faz parte da comitiva do presidente na viagem ao Oriente Médio e à Alemanha. Também fazem parte do grupo os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e convidados.

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