O presidente Luiz Inácio Lula da Silva articula um telefonema ainda nesta segunda-feira (12) com os presidentes do México e da Colômbia para tratar da questão eleitoral na Venezuela. Até o momento, o Brasil não reconheceu a vitória de Nicolás Maduro, tampouco endossou suspeita de fraude. A determinação é de que haverá uma nova posição da diplomacia brasileira quando as atas forem divulgadas.Lula, Gustavo Petro (Colômbia) e López Obrador (México) são vistos como possíveis articuladores em torno do impasse venezuelano. Os três países têm pressionado a Venezuela pela divulgação completa das atas eleitorais. Agora, as equipes das diplomacias brasileira, mexicana e colombiana articulam um novo telefonema, ainda nesta segunda-feira (12). Um integrante da gestão federal relatou ao R7 que estão analisando as agendas presidenciais.No início deste mês, os três países divulgaram um comunicado em que citam “controvérsias sobre o processo eleitoral” e pedem aos agentes “cautela” para evitar o agravamento da situação no país. O documento solicita, ainda, a publicação dos dados eleitorais completos das atas de votação. “O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação imparcial dos resultados”, destacam as nações.O pleito no país ocorreu em 28 de julho e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi proclamado vencedor no dia seguinte pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral), órgão venezuelano responsável pelo pleito. O resultado é contestado por parte da comunidade internacional e pela oposição venezuelana. O episódio mais recente foi a declaração de vitória de Edmundo González.Questionado sobre o episódio, Lula afirmou que “ainda nem tomou posse” e, por isso, não iria comentar a medida. O presidente tem articulado, juntamente com o México e a Colômbia, uma cobrança para que o governo Maduro publique as atas eleitorais. Em comunicado, os países citaram controvérsias sobre o processo eleitoral e pediram cautela aos agentes venezuelanos para evitar o agravamento da situação no país.“Nossos ideais convergem na defesa intransigente da democracia. Também expus as iniciativas que tenho empreendido com presidentes Gustavo Petro [da Colômbia] e López Obrador [do México] em relação ao processo político na Venezuela. O respeito pela soberania popular é o que nos move a defender a transparência dos resultados. O compromisso com a paz é o que nos leva a conclamar as partes ao diálogo e promover o entendimento entre governo e oposição”, disse Lula recentemente.