Lula rebate críticas a viagens internacionais: ‘É preciso recuperar a imagem desse país’
Presidente afirmou que atua para reposicionar Brasil no cenário internacional e retomar lugar entre as maiores economias do mundo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu nesta terça-feira (1º) as críticas recebidas pelo governo em razão das viagens internacionais. Segundo ele, a presença do Brasil no exterior é estratégica para recuperar o prestígio do país e viabilizar acordos comerciais.
“De vez em quando eu sou criticado porque viajo. Viajo muito, mas viajo porque é preciso recuperar a imagem desse país”, afirmou.
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“Vocês, que são empresários, sabem que esse país estava sendo tratado como se fosse o cocô do cavalo de Napoleão. Ninguém queria conversar com o Brasil, ninguém convidava o Brasil para nada”, disse Lula durante o lançamento do Plano Safra 2025/2026, que prevê investimento de R$ 500 bilhões para o setor.
Segundo ele, no atual mandato, já se encontrou “com mais presidentes do que na história de 157 anos da República”.
“E por que faço isso? Porque política é economia e economia é política. Tenho que convencer as pessoas que estou falando com sinceridade. Tenho que falar com ele para vender e comprar, senão os caras dizem que a gente é malandro”, questionou.
Lula citou como exemplo o recente acordo com o Vietnã. Segundo ele, o primeiro contêiner com carne brasileira deve ser enviado no domingo (7), no Rio de Janeiro, e a intenção é participar do momento.
“Acha que foi fácil fazer o Vietnã comprar a nossa carne?”, questionou.
Prestígio internacional
Para o presidente, o Brasil tem porte para ir além dos fóruns internacionais.
“Acha que me contento em participar do Brics, do G20 ou ser convidado para o G7? Não, este país tem tamanho e tem grandeza para chegar a ser a sexta economia do mundo. Já chegamos em 2006, a gente pode voltar a chegar. Eu quero participar do G7 como convidado especial, porque tem o direito da nossa economia”, disse.
Para isso, Lula disse que o Brasil precisa deixar de brigar “por coisa menor” e “construir coisa grande”. “Não precisa ter nenhuma briga para a gente dar um salto de qualidade. A economia é uma coisa que não tem mágica”, reforçou.
Acordos internacionais
O R7 revelou, em reportagem exclusiva, que o Brasil assinou o maior número de acordos internacionais em 2024 dos últimos dez anos. Ao todo, foram 107 acordos com diversos países do mundo.
Lula também voltou a garantir que pretende concluir o acordo entre Mercosul e União Europeia até o fim do ano. “Falei para o [Emmanuel] Macron [presidente da França] abrir o coração”, disse, referindo-se à viagem realizada no início de junho.
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