Lula recebe Tarcísio e Nunes; contratos somam R$ 10 bilhões para obras de mobilidade em SP
Investimentos serão aplicados no Rodoanel, na linha verde do metrô e no trem que liga a capital paulista a Campinas
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira (29) da assinatura de contratos de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para infraestrutura e mobilidade urbana de São Paulo.
As obras — Rodoanel, linha verde do metrô e trem intercidades — estão incluídas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e os investimentos somam R$ 10,65 bilhões.
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Participaram da agenda os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Jader Filho (Cidades), além do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), e do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. O evento foi realizado no Palácio do Planalto, em Brasília.
Os contratos envolvem obras do trem Intercidades Eixo Norte, que busca ligar a capital paulista a Campinas; a extensão da Linha 2–Verde do Metrô de São Paulo, que liga a Vila Madalena à Vila Prudente; e o trecho norte do Rodoanel, estruturado para reduzir o fluxo na marginal Tietê, uma das principais vias da cidade.
A Linha 2–Verde do Metrô será ampliada por 8,2 km, com oito novas estações até a Penha. O investimento total é de R$ 6 bilhões, sendo R$ 3,6 para os trens e R$ 2,4 bilhões para obra civil. O financiamento estabelece que os trens sejam produzidos pela indústria brasileira. A expectativa é de conclusão em 2028.
O Rodoanel, que interliga as 12 rodovias na Região Metropolitana de São Paulo, vai receber R$ 3,4 bilhão de investimentos. O projeto prevê a redução estimada de 30 mil caminhões e 54 mil automóveis na marginal Tietê por dia. A proposta prevê a mitigação de impactos ambientais, com a construção de 14 passagens de animais locais. O leilão da PPP da rodovia foi realizado em março do ano passado.
A assinatura dos contratos inclui, também, a destinação de R$ 2,5 bilhões para a compra de 1.300 ônibus elétricos, de fabricação nacional. Outro ponto é o trem intercidades, com investimento total de R$ 14 bilhões, sendo R$ 6 bilhões do BNDES — a primeira parte (R$ 3,2 bilhões) foi assinada nesta sexta-feira, enquanto a segunda, de mesmo valor, vai ocorrer no próximo ano.
O serviço expresso entre os municípios paulistas vai contar com 101 km de extensão, com paradas entre Francisco Morato e Jundiaí e conexões com os trens metropolitanos. Segundo o Executivo, o trem de média velocidade pode atingir até 140 km/h, em 11 municípios e 15 milhões de pessoas.
Em sua declaração, Tarcísio chamou a parceria com o Executivo de “fundamental” e relatou estar feliz pela relevância das obras selecionadas nos contratos com o BNDES. “O alívio que isso vai representar em termos de mobilidade, deslocando uma nova centralidade para a região norte da capital paulista, gerando emprego e oportunidades. Sem dúvida nenhuma, grande passo que está sendo dado”, afirmou o governador paulista.
Em sua declaração, Tarcísio chamou a parceria com o Executivo de “fundamental” e relatou estar feliz pela relevância das obras selecionadas nos contratos com o BNDES. “O alívio que isso vai representar em termos de mobilidade, deslocando uma nova centralidade para a região norte da capital paulista, gerando emprego e oportunidades. Sem dúvida nenhuma, grande passo que está sendo dado”, afirmou o governador paulista.
De acordo com Tarcísio, as obras de infraestrutura e de mobilidade vão permitir uma “nova era, que está se abrindo no transporte metroviário”. “É um passo extremamente relevante”, continuou. O governador destacou, ainda, que deve assinar outras parcerias com o governo Lula, como o túnel Santos-Guarujá e a linha 4 do metrô.
Já o prefeito paulistano agradeceu o convite de Lula e a assinatura do contrato com o BNDES. “Esse ato dá um sinal importante para o país, com esse objetivo de olhar para as pessoas”, disse Nunes. Depois, citou que 67% das emissões de dióxido de carbono emitidas no município são provenientes dos veículos, sendo metade dos ônibus. Nesse sentido, um dos projetos prevê a aquisição de mais de 1.000 ônibus elétricos, com produção nacional. “Um transporte muito agradável, em relação a questão sonora, com ar-condicionado, cabo UBS”, destacou.