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Lula sanciona sem vetos lei que reforma programa emergencial para setor de eventos

Proposta tem validade até dezembro de 2026 e inclui 30 setores, com teto de R$ 15 bilhões em isenções de impostos

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Sanção ocorreu em cerimônia no Planalto (Ricardo Stuckert/Presidência da República - 21.5.2024)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira (22), sem vetos, a lei que estabelece alíquotas reduzidas no Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos), criado em 2021 em decorrência da pandemia da Covid. A proposta, com validade até dezembro de 2026, inclui 30 setores no benefício e define teto de R$ 15 bilhões em isenções de impostos. O Perse é um auxílio às empresas do setor cultural e de turismo impactadas pela emergência sanitária. A cerimônia de sanção ocorreu no Palácio do Planalto e contou com a presença de representantes dos setores.

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O programa beneficia hotéis, bufês, casas de festas e eventos, produção teatral e musical, restaurantes, bares e outros estabelecimentos que servem bebidas (veja abaixo todos os setores contemplados). Os incentivos abrangem quatro impostos federais — IRPJ, CSLL, PIS e Cofins. O benefício será aplicado para empresas de lucro real ou presumido.

A sanção sem vetos honra o acordo feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com parlamentares, para aprovação do projeto no Congresso Nacional. O texto recebeu o aval da Câmara em 23 de abril e do Senado seis dias depois.

Caberá à Secretaria Especial da Receita Federal demonstrar os valores dos incentivos do Perse, em relatórios bimestrais. A alíquota zero dos tributos envolvidos será extinta a partir do mês seguinte àquele em que o Executivo perceber que o custo fiscal acumulado atingiu o limite fixado, de R$ 15 bilhões.

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Confira os setores beneficiados:

  • hotéis;
  • apart-hotéis;
  • serviços de alimentação para eventos e recepções;
  • bufê;
  • atividades de exibição cinematográfica; -
  • criação de estandes para feiras e exposições;
  • atividades de produção de fotografias, exceto aérea e submarina;
  • filmagem de festas e eventos;
  • agenciamento de profissionais para atividades esportivas, culturais e artísticas;
  • aluguel de equipamentos recreativos e esportivos;
  • aluguel de palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário, exceto andaimes;
  • serviços de reservas e outros serviços de turismo não especificados anteriormente;
  • serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas;
  • casas de festas e eventos;
  • produção teatral;
  • produção musical;
  • produção de espetáculos de dança;
  • produção de espetáculos circenses, de marionetes e similares;
  • atividades de sonorização e de iluminação;
  • artes cênicas, espetáculos e atividades complementares não especificadas anteriormente;
  • gestão de espaços para artes cênicas, espetáculos e outras atividades artísticas;
  • produção e promoção de eventos esportivos;
  • discotecas, danceterias, salões de dança e similares;
  • restaurantes e similares.

Acordo entre Executivo e Legislativo

O governo de Lula construiu um acordo com líderes da Câmara dos Deputados sobre a reformulação do programa. A gestão federal queria retirar as empresas que faturam mais de R$ 78 milhões e, com isso, reduzir de 44 para 12 as atividades econômicas beneficiadas. O Executivo também pretendia estabelecer reoneração gradativa dos tributos, até zerar em 2027, para todos os setores.

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Depois de reunião dos líderes da Câmara, houve consenso em relação aos aspectos sensíveis do projeto, como o prazo de vigência do programa, o teto para renúncia fiscal e os mecanismos de fiscalização. O governo e os líderes também acordaram que o prazo máximo para a vigência do programa segue sendo 2026, mas foi estabelecido que o benefício será encerrado imediatamente caso alcance o limite de R$ 15 bilhões antes desse período.

O governo também conseguiu reduzir o número de atividades econômicas beneficiados pelo Perse, de 44 para 29 — número maior do que o pretendido inicialmente pelo Executivo. Inicialmente, o Perse previa renúncia fiscal de R$ 4 bilhões. A equipe econômica do governo argumenta que o programa chegou ao patamar de R$ 17 bilhões. O levantamento do Legislativo afirma que o impacto fiscal é de R$ 11,5 bilhões.

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