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R7 Brasília

Lula sobre apagão em SP: ‘Não quero saber de quem é a culpa e, sim, quem vai dar a solução’

Presidente informou que governo vai lançar linha de crédito para as pessoas que sofreram prejuízo com o episódio

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Lula lança, em SP, o ‘Acredite no seu Negócio’ Marcelo Camargo/Agência Brasil - 16.10.2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (18), que o governo federal vai lançar uma linha de crédito para as pessoas que sofreram com o apagão em São Paulo. “Eu não quero saber de quem é a culpa. Eu quero saber quem é que vai dar a solução. E nós queremos encontrar a solução”, disse o chefe do Executivo.

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“Vocês viram o apagão que está tendo em São Paulo. Ontem eu pedi para o [Fernando] Haddad e para a Casa Civil trabalharem porque nós vamos fazer para a cidade de São Paulo o mesmo que nós fizemos ao Rio Grande do Sul”, disse Lula.

“As pessoas que tiveram prejuízo por causa do apagão, as pessoas que perderam suas geladeiras, as pessoas que perderam inclusive a comida que estava na geladeira, os pequenos comerciantes que perderam alguma coisa. Vamos estabelecer uma linha de crédito para que as pessoas possam se recuperar e viver bem”, completou.

Recentemente, São Paulo registrou uma tempestade, que trouxe ventos de até 108 km/h, e deixou mais de 1,6 milhão de residências sem energia em seu pico. O governo havia dado o prazo de três para a Enel, concessionária responsável pela energia na capital paulista, resolver o problema. O órgão está sob investigação por órgãos reguladores.


As estimativas apontam que a falta de eletricidade na maior cidade do país já causaram perdas brutas de cerca de R$ 1,65 bilhão para os setores de varejo e serviços, segundo cálculos da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

Desde que assumiu o controle da distribuidora de energia, a Enel foi multada sete vezes por questões envolvendo a qualidade do atendimento ao consumidor e do fornecimento de energia, descumprimento de fiscalização, além de questões técnicas e comerciais. As multas somam R$ 320 milhões, mas nem todas foram pagas.


Medidas

As declarações foram dadas por Lula durante agenda na capital paulista. Na ocasião, o governo apresentou o ‘Acredite no seu Negócio’, que segue a linha do Acredita, lançado em abril pelo governo por meio de uma medida provisória. Como era uma MP, a matéria precisava ser votada pelo Legislativo em até 120 dias, o que não ocorreu. O governo então enviou a proposta ao Congresso Nacional em um projeto de lei, cuja aprovação foi concluída em setembro.

Lula sancionou a lei do Acredita na semana passada. Entre os principais pontos do programa, estão o ProCred 360 e o Desenrola Pequenos Negócios. O primeiro é uma linha de crédito exclusiva para microempreendedores individuais e microempresas — aquelas com faturamento anual até R$ 360 mil. Os juros chegam a ser 50% inferiores aos praticados pelo mercado.


Já o Desenrola Pequenos Negócios segue a ideia do Desenrola Brasil, programa do governo federal de renegociação de dívidas. O lançamento específico oferece maiores descontos e prazos de pagamento alongados e funciona como um incentivo aos bancos renegociarem os débitos dos pequenos. Segundo o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, desde maio, 65 mil empresas foram beneficiadas, e as dívidas renegociadas somam R$ 3 bilhões.

“O Brasil tem que participar do que há de mais moderno no mundo, se não vamos ficar para trás. As macro reformas que estão sendo feitas: tributária, de crédito, de logística, a questão do seguro. Tudo isso está em linha com nosso desejo de colocar nossa potencialidade de crescimento num patamar superior. O Brasil não pode se conformar de crescer abaixo da média mundial, com aconteceu nos anos que antecedeu a posse de Lula em 2023. Nós temos que voltar a crescer acima da média mundial ou no mínimo o que a média mundial cresce. O Brasil não pode ficar para trás. Essa é a razão pela qual, no governo Lula, nós deixamos a 12º posição e já estamos no 8º dos maiores PIBs do ano”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

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