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R7 Brasília

‘Lula subiu a rampa’, diz Alckmin em menção a suposto plano de golpe encontrado na sede do PL

Documento estava na mesa do coronel Flávio Peregrino, assessor do general Braga Netto, e visava impedimento de presidente eleito

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Alckmin e Lula foram alvos de grupo, de acordo com relatório da PF Cadu Gomes/VPR - Arquivo

Após o STF (Supremo Tribunal Federal) ter autorizado a divulgação do relatório elaborado pela PF (Polícia Federal) sobre suposto plano golpe de Estado, o vice-presidente Geraldo Alckmin usou as redes sociais para comentar as ações do grupo. “E Lula subiu a rampa. Viva a democracia, o povo brasileiro e as instituições da República”, disse.

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A frase de Alckmin faz menção ao material encontrado pela PF na sede do PL, partido de Jair Bolsonaro, em Brasília (DF). O esboço de ações estava na mesa do coronel Flávio Peregrino, assessor do general Braga Netto. O ex-presidente foi candidato pelo partido à reeleição para a Presidência da República em 2022, com Braga Netto como vice. Ambos negam as acusações.

O documento, intitulado “Operação 142″, estava em uma pasta identificada como “memórias importantes”. O esboço estava dividido em seis partes — avaliação da conjuntura; linhas de esforço; centro de gravidade estratégico; estado final desejado estratégico; centro de gravidade politico e estado final desejado político. O nome do documento faz alusão ao artigo 142 da Constituição, que trata das funções das Forças Armadas.

Lula subiu a rampa em cerimônia de posse Tânia Rego / Agência Brasil

A frase “Lula não sobe a rampa” é o único item do estado final político desejado. A sentença fez menção à posse presidencial, quando o presidente eleito sobe a rampa do Palácio do Planalto. O petista subiu a rampa em 1º de janeiro de 2023, ao lado de representantes de diversos segmentos do povo brasileiro. (veja foto).


Segundo Braga Netto, “naquele período circularam diversos papéis, palestras em power point e sugestões da aplicação dos dispositivos constitucionais que eram entregues às autoridades, conforme relatado à época”. “Por fim, destaca-se que o referido assessor não foi objeto de busca e apreensão na operação Tempus Veritatis e que os materiais eram subsídios de uso pessoal e interno, seguindo o prevista no artigo 220 da Constituição Federal, que assegura a liberdade de manifestação do pensamento, de criação, de expressão e de informação”, afirmou o general.

Ao todo, 37 pessoas foram indiciadas. De acordo com a PF, o grupo tinha plano de matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Agora, o relatório está na PGR (Procuradoria-Geral da República). A avaliação sobre denunciar ou não o ex-presidente e os demais pelo suposto plano de golpe de Estado ficará para fevereiro de 2025. Na ocasião, a PGR poderá arquivar o caso, apresentar denúncia ou pedir mais investigações.

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