Lula volta a criticar derrubada da MP alternativa ao IOF durante evento em São Paulo
Presidente reforçou importância de políticas sociais e aumento da renda das famílias
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o Congresso pela derrubada da MP (Medida Provisória) alternativa ao IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) que iria aumentar a cobrança de juros para as casas de apostas e fintechs.
“É esse país que a gente manda um projeto de lei depois de acordado no Congresso nacional para as pessoas que ganham acima é R$ 600 mil, acima de R$ 1 milhão, pagar uma ‘merrequinha’ a mais, para que as fintechs paguem um pouco mais, para que as Bets paguem um pouco mais, e eles votam contra, porque esse dinheiro poderia ser para a gente fazer com que tivesse um pouco mais de política de inclusão social”, disse.
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Lula também acrescentou que quem ganha até R$ 5.000 não pode ser considerado da classe média. “[Por isso], a necessidade da gente continuar fazendo política de inclusão social, para ver se fazemos as pessoas subirem um patamar a mais, um degrau a mais na escala social, para que a gente crie uma espécie de sociedade de classe média. Não é possível a gente achar que quem ganha até R$ 5.000 é classe média. Se o cara pagar aluguel e ele tiver um filho na escola, ele mal e porcamente sobra para ele comer”, afirmou.
A declaração foi feita na manhã desta sexta-feira (10) durante anúncio de novo modelo de crédito imobiliário no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo (SP). A medida, na prática, tem o objetivo de tornar o uso da poupança mais eficiente e ampliar a oferta de crédito imobiliário.
Entenda
O governo vai modernizar as regras de direcionamento do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo. No evento, Lula estava acompanhado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Cidades, Jader Filho, pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, entre outras autoridades.
Segundo o governo, a estratégia pode representar uma injeção de cerca de R$ 20 bilhões na economia via crédito, a partir da liberação de parte do compulsório, aquele dinheiro que é recolhido obrigatoriamente pelo Banco Central.
A cada real de financiamento habitacional concedido, o Banco Central pretende destravar o acesso ao mesmo volume de recursos da poupança para usar livremente por um período de cinco anos.
A expectativa é incentivar o aumento da oferta de financiamento pelos bancos com juros mais baixos. Hoje, 65% dos recursos captados pela caderneta são direcionados obrigatoriamente ao crédito imobiliário. Outros 20% ficam retidos no BC como depósito compulsório e os 15% restantes podem ser aplicados livremente pelos bancos.
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