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Maioria acha que Trump não reverterá inelegibilidade de Bolsonaro, diz pesquisa

Maioria dos brasileiros desacredita que tarifas impostas por Trump mudem a situação jurídica de Bolsonaro, segundo a Genial/Quaest

Brasília|Do Estadão Conteúdo

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • A maioria dos brasileiros não acredita que Donald Trump reverterá a inelegibilidade de Jair Bolsonaro.
  • 59% dos entrevistados da Genial/Quaest acham que as tarifas de Trump não afetarão a situação legal de Bolsonaro.
  • Bolsonaro enfrenta duas penas de inelegibilidade até 2030 e é réu no STF por tentativa de golpe de Estado.
  • A percepção sobre o impacto das tarifas varia entre eleitores de diferentes candidatos, com 67% dos que votaram em Lula desacreditando a ação de Trump.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Avaliação do impacto de Trump no quadro jurídico de Bolsonaro acompanha o voto do entrevistado na eleição de 2022 Alan Santos/PR - 07.03.2020

A maioria dos brasileiros não acredita que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, será capaz de reverter a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em 7 de julho, Trump criticou os processos na Justiça brasileira contra Bolsonaro, chamando-os de “caça às bruxas”.

Dois dias depois, citando a situação jurídica do aliado, anunciou uma tarifa de 50% aos produtos do Brasil nos Estados Unidos.


Para 59% dos entrevistados pela Genial/Quaest, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (28), a investida do republicano não reverterá o quadro jurídico de Bolsonaro, enquanto 31%, acreditam que sim. São 10% os que não sabem ou não responderam.

A Genial/Quaest realizou 2.004 entrevistas entre os dias 10 e 13 de julho. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%.


Bolsonaro acumula duas penas de inelegibilidade no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e não pode concorrer a cargos eletivos até 2030. Além disso, é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentar um golpe de Estado após as eleições de 2022.

Números acompanham eleição de 2022

A avaliação do impacto de Trump no quadro jurídico de Bolsonaro acompanha o voto do entrevistado no segundo turno da eleição presidencial de 2022.


Entre os que votaram em Lula, 69% acham que Trump não reverterá a inelegibilidade do aliado, enquanto 23% dizem que sim e 8% não responderam.

Entre os que votaram em Bolsonaro, 46% acreditam que a investida do americano surtirá efeito, enquanto 45% dizem que não e 9% não responderam.


Já entre os que votaram branco ou nulo ou não foram votar, 59% descreditam a investida de Trump, enquanto 27% avaliam que o tarifaço pode mudar a situação de Bolsonaro e 14% não responderam.

A avaliação do tarifaço de Trump também muda conforme os recortes de posicionamento político do entrevistado. Entre os que se consideram petistas, 67% dizem que o tarifaço não ajudará Bolsonaro; entre quem se considera de esquerda, o índice chega a 80%.

Entre bolsonaristas, 52% acreditam que as tarifas de Trump ajudarão o ex-presidente; entre os que se consideram de direita, o índice é de 40%.

Inelegibilidade

Em junho de 2023, o TSE condenou Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pela reunião com embaixadores em julho de 2022. Na ocasião, o então presidente atacou, sem apresentar provas, as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral do País.

Três meses depois, em outubro de 2023, o ex-chefe do Executivo foi condenado pelo TSE mais uma vez, por abuso de poder político durante o feriado de Dia da Independência em 2022. Os ministros da Corte eleitoral concluíram que ele usou a data cívica para fazer campanha.

No mês seguinte, o ministro Benedito Gonçalves, do TSE, impôs mais uma condenação a Bolsonaro por abuso de poder durante o Sete de Setembro. Em junho de 2024, o ministro Raul Araújo anulou essa decisão, permanecendo as demais condenações.

Bolsonaro acumula duas penas por inelegibilidade, mas não há soma no tempo das condenações. O prazo da inelegibilidade do presidente segue até 2030, oito anos após 2022.

Além das condenações na esfera eleitoral, o ex-presidente é réu no STF por tentar um golpe de Estado após as eleições de 2022. Bolsonaro aguarda a abertura do prazo para apresentar as alegações finais no processo.

Segundo a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro foi “o principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado Democrático de Direito”.

“No exercício do cargo mais elevado da República, instrumentalizou o aparato estatal e operou, de forma dolosa, esquema persistente de ataque às instituições públicas e ao processo sucessório”, afirma o procurador Paulo Gonet no parecer que pediu a condenação de Bolsonaro e outros sete réus do “núcleo crucial” da trama golpista. O ex-presidente nega.

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