Sem aval do PL, Marcos Pontes oficializa candidatura à Presidência do Senado
Partido Liberal ainda não definiu quem apoiará, mas nome mais provável é Davi Alcolumbre
Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília
O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) oficializou nesta terça-feira (29) a candidatura dele à Presidência do Senado. No pronunciamento, Pontes destacou que a decisão de concorrer foi pessoal e não ligada ao Partido Liberal.
O PL ainda não definiu apoio para a eleição da Mesa Diretora do Senado, mas há indícios de que o partido vai apoiar o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), considerado o favorito na disputa. A eleição está prevista para fevereiro de 2025.
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“Estou apresentando o meu nome como candidato à presidência do Senado. Ressalto que essa é uma decisão minha, pessoal, não do meu partido; não tenho o apoio irrestrito dos partidos. Muitos podem criticar, achando que o movimento não terá êxito, mas prefiro ouvir minha consciência. Claro que gostaria de ter o apoio formal de todos os partidos; sei que as condições ideais não estão a meu favor, o que me torna um vencedor improvável”, afirmou o senador em pronunciamento no plenário da Casa.
Nos bastidores, o anúncio do senador surpreendeu membros do PL. Os senadores retornaram às atividades nesta semana, após o período eleitoral, e devem debater nos próximos dias o apoio à presidência da Casa Alta. O PL conta com uma das maiores bancadas do Senado, com 14 parlamentares.
Em 2023, o PL decidiu ter candidatura própria e, após perder, ficou sem a presidência das comissões permanentes e sem espaço na mesa diretora. Em entrevista nesta semana, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que Alcolumbre deve comandar o Senado em 2025 e defendeu que o partido fique com a vice-presidência na chapa.
“A eleição do Davi Alcolumbre é 100%, 99% certa. Se a gente lançar chapa de novo… são mais dois anos com água e palito”, destacou Bolsonaro.
Alcolumbre também é aliado do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que deve apoiar sua eleição. Atualmente, o amapaense comanda a CCJ da Casa.
Também pleiteiam a Presidência da Casa Alta os senadores Otto Alencar (PSD-BA), Eliziane Gama (PSD-MA) e Soraya Thronicke (Podemos-MS). As duas últimas planejam emplacar uma candidatura feminina.