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Megaoperação contra abuso infantil: entenda o sistema Rapina, utilizado pela PF

Ferramenta funciona como um banco de dados para gerenciar e analisar relatórios de casos em todo o país

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Polícia Federal realiza megaoperação contra abuso infantil, chamada Proteção Integral III.
  • Sistema Rapina, criado pela PF, ajuda na investigação e combate a crimes contra crianças e adolescentes.
  • 182 mandados de busca cumpridos em todo o Brasil, resultando em prisões e resgates de vítimas.
  • Projeto de Lei da Adultização estabelece regras para proteger crianças no ambiente digital, aumentando responsabilidades das grandes empresas de tecnologia.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Ação nacional Proteção Integral III cumpriu 182 mandados em todas as unidades da federação Divulgação/PF - 8.10.2025

A Polícia Federal deflagrou, nessa quarta-feira (7), uma megaoperação contra abuso sexual de crianças e adolescentes em todo o país.

Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, uma tecnologia tem ajudado a alcançar esse nível nacional: o Sistema Rapina.


Criado pela própria PF, o sistema auxilia na investigação e no combate a esse tipo de crime, possibilitando o tratamento e a análise de informações para identificar e reprimir delitos contra crianças e adolescentes.

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A ferramenta funciona como um banco de dados para gerenciar e analisar relatórios de casos, permitindo priorizar o trabalho policial, aprimorar a eficácia na localização e prisão de criminosos e realizar o resgate de vítimas.


Além disso, ela trata um grande volume de dados criminais, com a aplicação de metodologias de investigação para processar informações de forma eficiente.

“Ela é uma ferramenta muito avançada, que inclusive está sendo colocada à disposição de outros países. Já temos um convênio com Portugal. Esse instrumento patrulha permanentemente o mundo virtual para detectar abusos contra crianças e adolescentes”, afirmou Lewandowski.


O convênio, firmado em 2024 com Portugal, permitiu o compartilhamento do sistema, fortalecendo a cooperação internacional no combate a esses crimes.

“Hoje, temos que combater a criminalidade em um novo ambiente. Isso exige novas ferramentas, e, quero dizer com muito orgulho, que nós não somos apenas importadores. Estamos dando mais um passo para uma cooperação que se tornará cada vez mais estreita”, destacou o ministro à época.


O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, explicou que o Sistema Rapina permitiu, desde a sua implantação, um salto de qualidade nas investigações e na possibilidade de tratamento de informações.

“Para nós, é uma honra compartilhar essa experiência e, com isso, buscar aquilo que todos desejamos: reduzir, minimizar e, quem sabe, um dia, eliminar do cenário global esse nefasto delito que é a violação de crianças e adolescentes”, declarou Andrei Rodrigues durante a assinatura do convênio.

Entenda a megaoperação

A operação nacional Proteção Integral III, realizada nessa quarta, cumpriu 182 mandados de busca em todas as unidades da federação. Além dos detidos em flagrante, houve 11 prisões preventivas.

Durante a ação, três vítimas foram resgatadas e dois menores, apreendidos. Segundo a corporação, “a operação integra os esforços nacionais de combate aos crimes cibernéticos que violam a dignidade sexual de crianças e adolescentes”.

Ao todo, 890 agentes participaram das diligências, sendo 617 policiais federais e 273 policiais civis. A operação contou com equipes dos estados de Alagoas, Pernambuco, Goiás, São Paulo, Santa Catarina, do Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, da Bahia e da Paraíba.

Das 182 ordens judiciais, 138 foram cumpridas pela Polícia Federal e 44 pelas polícias civis.

Terceira etapa da operação

A ação dá continuidade a operações deflagradas em março e maio deste ano. Conforme dados da PF, entre janeiro e setembro de 2025, foram cumpridos mais de 1.630 mandados de prisão de foragidos condenados por crimes sexuais.

Em nota, a corporação reforçou a necessidade de conscientização sobre segurança digital:

“A Polícia Federal alerta pais e responsáveis sobre a importância de acompanhar e orientar o uso da internet por crianças e adolescentes, conversando abertamente sobre riscos e ensinando como agir diante de contatos inadequados em ambientes virtuais. A prevenção e a informação são as ferramentas mais eficazes para garantir a segurança e o bem-estar de crianças e adolescentes.”

PL da Adultização

Em setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, com três vetos, o Projeto de Lei da Adultização, que estabelece regras para proteger crianças no ambiente digital.

A proposta, também chamada de ECA Digital (Estatuto da Criança e do Adolescente Digital), foi aprovada pelo Congresso Nacional em 27 de agosto.

O texto determina maior responsabilidade das grandes empresas de tecnologia (big techs) na proteção de crianças e adolescentes no ambiente virtual.

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