Mesmo sem LCI e LCA, agro mantém posição contra MP alternativa ao IOF
Presidente da bancada ruralista afirmou que frente nunca fechou acordo em apoio ao texto
Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília

A garantia de que não haver mudanças de impostos ligados ao setor agrícola, com isenção das letras de crédito LCI (imobiliário) e LCA (agronegócio), não foi suficiente para garantir o apoio da bancada ruralista à medida provisória que aumenta a arrecadação.
O deputado Pedro Lupion (PP-PR), que preside a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), mantém críticas à proposta e diz que votará contra o texto durante análise da Câmara, nesta quarta-feira (8), dia limite de análise entre deputados sob pena de que a medida provisória deixe de valer.
“Nós colocamos quatro pontos adicionais no texto, na última versão do texto apresentado pelo relator, e esses pontos foram retirados sem a nossa consulta. Nós nunca acordamos em relação a isso”, afirmou Lupion.
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A posição da FPA se manteve mesmo após pedidos do Ministério da Fazenda para uma tentativa de acordo. O próprio ministro, Fernando Haddad, buscou diálogo e fez ligações ao deputado, sem sucesso nos pedidos.
‘Nunca houve acordo’
Lupion também rebateu declarações do relator, Carlos Zarattini (PT-SP), e negou que tenha feito qualquer acordo em relação ao texto.
“O próprio relator ontem, quando criticava a FPA, falou que não precisava dos votos dos ruralistas. Talvez seja o momento agora que seguimos a orientação do relator de não votar no texto”, disse.
O presidente da FPA ainda disse que a posição contrária não é uma definição de toda a bancada, mas que outros parlamentares também têm se colocado contra o texto por serem contrários ao aumento de impostos.
O grupo ruralista é o que reúne o maior número de deputados dentro da Câmara, com 303 deputados.
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