Ministério da Educação vai lançar programa com bolsa e poupança para estudantes em outubro
Objetivo é evitar evasão no ensino médio; nome do programa, valores que alunos vão receber e orçamento não foram divulgados
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O ministro da Educação, Camilo Santana, disse nesta terça-feira (26) que o governo vai apresentar em outubro um programa que vai criar uma bolsa e uma poupança para estudantes do ensino médio com o objetivo de evitar a evasão escolar. O nome do programa, os valores que os alunos vão receber e o orçamento da medida ainda não foram divulgados, assim como se será criado via medida provisória ou projeto de lei.
De acordo com o ministro, a intenção é que os alunos recebam uma bolsa mensalmente. Já em relação à segunda medida, uma espécie de conta poupança, o valor poderia ser sacado anualmente, na linha de uma compensação pela conclusão do ano escolar.
• Compartilhe esta notícia no WhatsApp
• Compartilhe esta notícia no Telegram
"A ideia é que a gente possa garantir um apoio, porque quando um aluno chega ao ensino médio, na idade de 14, 15 anos, geralmente, é aquela fase que, diante da dificuldade da família, precisa trabalhar. Então, muitas vezes o aluno abandona a escola, falta demais, é reprovado. Então, a ideia é dar um auxílio, que será mensal, e outra [no formato de] poupança, que será por ano", disse Santana.
Estamos finalizando para saber qual será o público-alvo%2C qual será o valor dentro das condições orçamentárias%2C mas é um programa que será em breve encaminhado ou por projeto de lei ou por medida provisória. A ideia é lançar no mês de outubro.
Estratégia Nacional Escolas Conectadas
As declarações foram feitas por Santana após o lançamento da Estratégia Nacional Escolas Conectadas, cujo objetivo é promover o acesso à internet de qualidade nas 138,3 mil escolas públicas de educação básica até 2026. Cerca de 40 mil unidades de ensino )o equivalente a um terço) não possuem acesso à internet em qualidade e velocidade adequadas para uso pedagógico.
Mais da metade (71,6 mil) das escolas não possue também distribuição de sinal da rede wi-fi, assim como 40,1 mil escolas não têm disponibilidade de tecnologia adequada para acesso à banda larga fixa, segundo dados apontados pelo ministro. Quase 100 mil escolas, cerca de 69%, não têm dispositivos em quantidade suficiente para o uso pedagógico.