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Ministério da Igualdade Racial e Google firmam acordo para fomentar pesquisas sobre racismo na web

Acordo foi firmado duas semanas após empresa norte-americana tirar do ar aplicativo que simulava escravidão e tortura

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília


Representantes do governo e do Google em reunião
Representantes do governo e do Google em reunião

O Ministério da Igualdade Racial e o Google firmaram um acordo para o investimento da empresa de R$ 1 milhão para apoiar programadores negros e negras e instituições que pesquisam racismo e discurso de ódio nas redes sociais. O encontro aconteceu nessa terça-feira (6), duas semanas após a empresa norte-americana tirar do ar um aplicativo que simulava a escravidão e permitia castigar e torturar pessoas negras.

O aplicativo, que foi retirado do ar no final de maio, permitia a compra e venda de escravos, além de incentivar os usuários a acumular dinheiro às custas da exploração dessas pessoas. Na página inicial, uma mensagem afirmava que o produto era para “entretenimento” e “não era vinculado a eventos históricos específicos”.

A ministra Anielle Franco ressaltou a responsabilidade das plataformas digitais e questionou as políticas e protocolos do combate à desinformação em todo o mundo.

"O ambiente virtual, hoje, é onde mais se prolifera esse tipo de conteúdo, e as grandes empresas de tecnologia têm responsabilidade nessa moderação. Já nos reunimos com a Meta e hoje com o Google. Vamos continuar nos reunindo com mais plataformas”, completou.

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A pasta e a plataforma também vão estudar políticas para a inserção de avisos em conteúdos racistas nos sites da empresa, como o Youtube.

Na página do app, era possível ver comentários das pessoas que baixaram o programa. Uma delas chega a dizer que faltam opções de tortura. “Poderiam estalar [sic] a opção de açoitar o escravo também. Fora isso, o jogo é perfeito! ”, escreveu o usuário.

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Racismo algorítmico

O "racismo algorítmico" se configura quando sistemas de plataformas digitais, mídias sociais, aplicativos ou inteligência artificial priorizam conteúdo feitos por pessoas brancas ou até alteram a aparência de pessoas não-brancas, como nos casos dos filtros.

Um exemplo aconteceu com o aplicativo "FaceApp" que disponibilizava um filtro que prometia tornar a pessoa mais "atraente". Em um teste feito com o ex-presidente americano, Barack Obama, se percebeu que o app embranquecia a pele de pessoas negras e indianas.

Em 2020, a influenciadora Sá Ollebar denunciou o aumento de seu alcance em 6.000% após publicar fotos de pessoas brancas em seu perfil no Instagram.

Na época, Sá afirmou nas redes sociais que pensava que os posts não eram entregues porque não tinha a casa perfeita, mas, mesmo após se mudar para a praia, não percebeu mudança. "Adivinha? Não adianta", completou.

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