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R7 Brasília

Ministro confirma troca de diretor da Conab responsável por leilão de arroz

Paulo Teixeira não relatou, porém, quem deve assumir a vaga deixada por Thiago José dos Santos

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O ministro Paulo Teixeira Albino Oliveira/MDA

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, confirmou nesta terça-feira (25) a troca do diretor de Operações e Abastecimento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Thiago José dos Santos, que foi responsável pela área que realizou o leilão para importação de arroz, anulado após suspeitas de irregularidades.

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“Vai trocar”, disse Teixeira, no Palácio do Planalto, em Brasília, antes de seguir para uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, ambos vão discutir o Plano Safra 2024/2025, que será lançado na próxima quarta-feira (26). A ideia inicial é de que a medida deve superar os R$ 500 bilhões em recursos disponíveis para financiamentos da agricultura familiar e empresarial, segundo pessoas envolvidas nas negociações.

O ministro não relatou, porém, quem vai assumir o cargo. Santos era responsável pela área que realizou o leilão do arroz. A polêmica já tinha causado a demissão do ex-secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, Neri Geller, no início deste mês. A portaria da exoneração foi publicada no último dia 12 pelo governo federal.

No dia 11 deste mês, o governo federal anunciou que decidiu anular o leilão para a compra de 263 mil toneladas de arroz importado, após fragilidades nas companhias vencedoras do certame. “A partir da revelação, começou os questionamentos se verdadeiramente essas empresas teria as capacidades técnicas e financeiras par honrar os compromissos [do leilão]. E nós decidimos anular esse leilão”, afirmou o diretor da Conab.


O leilão foi realizado no início deste mês. De acordo com a Conab, foram comercializadas 263,3 mil toneladas do produto, o que representa 88% do volume estimado inicialmente. O valor movimentado no leilão foi de R$ 1,3 bilhão. Os lotes arrematados tiveram preço mínimo de R$ 4,98 e máximo de R$ 5 por quilo. Depois, o produto seria distribuído para 21 estados do país.

O presidente Lula disse que houve “falcatrua” de uma empresa que participou do leilão promovido pelo governo federal. Lula falou, também, que o governo federal vai financiar a produção de arroz em mais estados para evitar que o Brasil dependa apenas de algumas unidades da Federação.

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