Ministro de Minas e Energia afirma que horário de verão pode voltar em 2025
Silveira enfatizou que a decisão foi baseada em critérios técnicos, e não políticos
Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quarta-feira (16) que não está descartada a volta do horário de verão em 2025. Segundo ele, caso necessário, o governo pode considerar a adoção da medida em momentos futuros.
“Ela [a política] deve sempre estar na mesa para uma avaliação precisa do governo federal”, destacou Silveira durante entrevista à imprensa, após informar que a análise técnica feita pelo governo federal indicou que não há necessidade de decretar o horário de verão em 2024.
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“Hoje, chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para este verão, para este período. Temos a segurança energética assegurada”, anunciou o ministro.
Silveira enfatizou que a decisão foi baseada em critérios técnicos, e não políticos. “Tem que ter fundamentações técnicas”, reforçou.
O ministro explicou que, ao adotar a política no passado, o Brasil priorizou a questão energética, diferentemente de outros países, que a utilizam com foco econômico. A medida foi extinta em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Reconhecendo que a sociedade está dividida sobre o tema, Silveira reiterou que a política não é “imprescindível neste momento”. No entanto, ele deixou claro que a volta do horário de verão não está descartada para os próximos anos.
“A política voltou a ser considerada no Brasil e não está descartada para períodos posteriores”, concluiu.
Motivos para não retomar a medida em 2024
De acordo com Silveira, se o horário de verão fosse retomado em 2024, só poderia ser adotado a partir de novembro, o que impediria o aproveitamento do período de maior benefício econômico da medida, que ocorre entre outubro e meados de dezembro.
“O pico do custo-benefício do horário de verão é nos meses de outubro e novembro, até meados de dezembro. Se nossa posição fosse decretar o horário de verão agora, usufruiríamos muito pouco deste pico. Porque teríamos que fazer um planejamento mínimo para os setores poderem se adaptar. Conseguiríamos entrar com isso só em meados de novembro, e o custo-benefício seria muito pequeno”, explicou.