Ministros escrevem e mexem no celular durante voto de Fux, que não acompanhou fala de Zanin
Sessão da Primeira Turma do STF teve trocas de olhares, celulares em mãos e anotações enquanto Fux lia seu voto
Brasília|Do Estadão Conteúdo

Com o clima ainda tenso após o extenso voto de mais de 12 horas apresentado por Luiz Fux no julgamento do núcleo central da trama golpista, os ministros da Primeira Turma do STF voltaram à mais uma parte da ação nesta terça-feira (21).
Desta vez, os argumentos do colega eram sobre os réus acusados de integrar o grupo responsável pela disseminação de desinformação na tentativa de golpe de Estado, entre o fim de 2022 e o início de 2023.
O novo presidente do colegiado, Flávio Dino, demonstrou atenção constante à sustentação de Fux. Com a cadeira voltada para o ministro, manteve contato visual e tomou notas, alternando entre uma caneta branca e um marca-texto rosa.
Em certo momento, pediu a seu assistente — conhecido como capinha — que entregasse um livro ao relator da ação penal, Alexandre de Moraes.
Moraes, Cármen e Zanin
Moraes, que protagonizou embates com Fux no julgamento do núcleo 1, também fez anotações enquanto o colega mencionava que conversas interceptadas pela Polícia Federal seriam de “cunho privado” e, portanto, sem valor probatório.
Com o passar do tempo, o relator passou a manusear o celular, trocar sorrisos com Cármen Lúcia e voltar a examinar documentos.
Cármen manteve postura reservada durante a sessão. Quando não conversava com Moraes, permaneceu de cabeça baixa, focada em papéis e no notebook.
Cristiano Zanin, por sua vez, mostrou comportamento diferente do adotado quando presidiu o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro: sem óculos, manteve o olhar fixo na bancada, mexeu no celular e sorriu ao interagir com os colegas.
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Compromisso de Fux
Fux não acompanhou o voto de Zanin. Saiu do plenário logo após a manifestação de Moraes, alegando “compromisso dentro do tribunal”. Antes de deixar a sessão, fez questão de esclarecer que a ausência não representava desconsideração.
“Levei em conta o horário definido por Vossa Excelência, mas tenho outro compromisso interno. O fato de não permanecer aqui não significa desrespeito”, afirmou.
O voto de Fux, nesta terça, foi bem mais breve do que o da sessão anterior — cuja duração provocou incômodo entre os ministros.
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