‘Monstro não está morto’, diz Pacheco ao falar sobre atentados contra a democracia
Presidente do Senado citou tentativa de golpe na Bolívia e ataque às sedes dos Três Poderes para reforçar combate à ditadura
Brasília|Bruna Lima e Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comentou nesta sexta-feira (28) a tentativa de golpe militar na Bolívia e relembrou os ataques às sedes dos Três Poderes para alertar sobre a necessidade de combater regimes não democráticos. “O monstro não está morto. Precisamos constantemente trabalhar em defesa da democracia e através da verdade”, afirmou, durante evento em Minas Gerais para anúncio de investimentos federais nas áreas de energia e de educação.
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Pacheco relembrou o período ditatorial vivido pelo país e ressaltou que “não há outro caminho que não seja a democracia para poder ter progresso, ordem, civilidade, oportunidade, bem-estar”.
A fala foi dada na presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O senador também aproveitou o momento para citar as tratativas em busca de uma alternativa sobre as dívidas dos estados com a União. Minas Gerais está entre os entes federados que movimentam os acordos com o Executivo. Segundo Pacheco, Lula “em breve trará a solução do problema da dívida”.
Dívida dos estados
Pacheco se reuniu com lideranças e ministros do governo nesta semana para tratar sobre a dívida dos estados. Segundo o senador, a perspectiva do Senado é aprovar antes do recesso parlamentar o projeto sobre o tema.
De acordo com o presidente do Senado, a equipe ministerial do governo aceitou diminuir o indexador da dívida, que atualmente considera o IPCA (Índice de preços ao consumidor) mais 4% limitado à taxa básica de juros. Outro acordo possibilita a conversão de juros em investimento no próprio estado como contrapartida da redução do indexador. Também será aberta a entrega de ativos dos estados para amortização do pagamento da dívida com a União.
Apesar do acordo gerado entre Pacheco, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha e membros da equipe da Fazenda, cabe ao presidente Lula dar a palavra final.