Moraes autoriza Anderson Torres a ir a enterro da mãe
Ela enfrentava um câncer no cérebro, estava internada em um hospital particular e morreu nesta sexta-feira (29)
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres a comparecer ao velório e enterro da mãe neste sábado (30), em Brasília. Ela enfrentava um câncer no cérebro e estava internada em um hospital particular na capital federal e morreu nesta sexta-feira (29).
Leia Mais
“O requerente comprovou o óbito de sua genitora Amélia Gomes da Silva Torres, de modo que defiro o pedido formulado e autorizo o deslocamento de Anderson Torres, pelo período estritamente necessário à realização dos atos relativos ao velório e sepultamento, agendados para amanhã, 30/11/2024, às 13h30min, no Cemitério Campo da Esperança, localizado na Asa Sul, Brasília”, disse o ministro.
Moraes afirmou que a decisão é provisória e não dispensa Torres de cumprir medidas já impostas anteriormente.
Acusado de omissão nos atos extremistas do 8 de Janeiro, Torres cumpre prisão domiciliar desde maio de 2023. A defesa do ex-ministro vinha tentando, desde 16 de outubro, obter uma flexibilização cautelar para que Torres pudesse ficar com a mãe durante as noites e fins de semana, enquanto estava internada.
A autorização foi dada na última semana por Moraes. Depois da liberação, Torres vinha passando as noites no hospital, ao lado da mãe.
A autorização limitava-se ao deslocamento de Torres de casa até a residência da mãe e ao Hospital Brasília, onde ela estava internada. Quando liberou Torres para prisão domiciliar, Moraes determinou a suspensão do porte de arma de fogo e proibiu a saída dele do Brasil.
O ex-ministro também não pode usar redes sociais nem manter contato com outros investigados no inquérito sobre o 8 de Janeiro. Ele deve, ainda, permanecer afastado do cargo de delegado da Polícia Federal.
Torres foi indiciado em 21 de novembro junto a outras 36 pessoas no inquérito sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. Entre os indiciados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro e os generais e ex-ministros Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira. Todos são acusados pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.