Moraes determina que Roberto Jefferson permaneça em hospital particular para tratar doenças
Ex-deputado federal está preso desde outubro do ano passado por ter descumprido medidas judiciais
Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o ex-deputado federal Roberto Jefferson permaneça internado no Hospital Samaritano Botafogo, no Rio de Janeiro, para tratar várias doenças. Em junho, o ministro havia autorizado a transferência do ex-parlamentar para a unidade particular. O ministro também autorizou a visita da mãe e da filha de Jeferson, com a condição de que a Justiça seja comunicada previamente sobre os dias e os horários.
Jefferson está preso desde outubro do ano passado, após ter descumprido ordens judiciais. Quando agentes da PF tentaram prendê-lo, ele chegou a disparar tiros e atirar granadas nos policiais.
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O ministro afirmou que "o documento atesta que seu estado geral de saúde é delicado e instável, inspirando cuidados específicos em mais de uma especialidade, sendo a mesma conclusão a que chegou a Junta Médica de peritos da Polícia Federal".
Quando foi enviado ao presídio, em outubro de 2022, o ex-deputado já estava em prisão domiciliar por ter ameaçado o STF e realizado ataques pelas redes sociais à Corte e a seus ministros.
No entanto, mesmo proibido de usar a internet, de manter contato com outros investigados e de sair de casa, Jefferson proferiu ataques à ministra Cármen Lúcia em razão de ela ter votado em uma ação da Corte que vetou, temporariamente, o lançamento de um documentário sobre o atentado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha eleitoral de 2018.
O ataque do ex-deputado aos policiais ocorreu na casa dele, localizada em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro. Foram cerca de 30 disparos contra os agentes da PF, em um primeiro momento. Um dos integrantes da equipe teria então gritado que um policial estava ferido. Roberto Jefferson, entretanto, além de ter arremessado as granadas, efetuou mais 30 disparos contra a equipe.
De acordo com denúncia apresentada em dezembro de 2022 pelo Ministério Público Federal (MPF), "após o disparo de aproximadamente 60 tiros de carabina e o lançamento de três granadas (adulteradas) contra os quatro policiais federais, Roberto Jefferson gravou novo vídeo, divulgado na internet, exibindo a viatura policial alvejada por vários disparos, além de uma grande poça de sangue próxima ao veículo".