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Moraes libera compartilhamento de inquérito sobre Bolsonaro com TSE

Magistrado atendeu a pedido do corregedor-geral da Justiça Eleitoral; presidente é acusado de vazar documentos sigilosos da PF

Brasília|Renato Souza, do R7, em Brasília

Ministro Luiz Fux e Alexandre de Moraes antes da sessão do STF
Ministro Luiz Fux e Alexandre de Moraes antes da sessão do STF

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou o compartilhamento de provas colhidas em um inquérito sobre o presidente Jair Bolsonaro com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele atendeu a um pedido do ministro Mauro Campbell Marques.

O inquérito investiga se Bolsonaro e o deputado Felipe Barros publicaram na internet informações sigilosas de uma investigação que apura um ataque de hackers aos sistemas da Justiça Eleitoral. O delegado Victor Neves Feitosa também é citado, para saber se ele teria enviado aos outros dois partes da investigação.

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"Os elementos de prova colhidos nesta investigação interessam ao Tribunal Superior Eleitoral, que, no âmbito de suas competências, tem atribuição para apurar e requerer medidas em face dos fatos investigados", escreveu Moraes, no despacho.

A investigação sobre o compartilhamento de informações sigilosas está em fase final na Polícia Federal. A corporação aponta que Bolsonaro e o parlamentar cometeram crime de violação de sigilo funcional. Mas a corporação não pediu o indiciamento de ambos, por causa do direito ao foro privilegiado.

A Procuradoria-Geral da República, por outro lado, não vê crime, por entender que não existe sigilo formal sobre a investigação. "Não há como atribuir aos investigados nem a prática do crime de divulgação de segredo nem o de violação de sigilo funcional”, escreveu o procurador-geral da República, Augusto Aras, na manifestação.

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