Moraes manda soltar mais dois policiais da cúpula da PMDF envolvidos no 8 de Janeiro
Segundo a PGR, a cúpula da PMDF deixou de agir para impedir os atos extremistas
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes mandou soltar provisoriamente os policiais da PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal) Flávio Silvestre de Alencar e Rafael Pereira Martins, réus pelos atos extremistas do 8 de Janeiro, em Brasília. Eles estavam presos desde 18 de agosto de 2023 por suspeita de omissão no dia das ações extremistas.
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A decisão prevê o cumprimento de medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de se ausentar do DF e o recolhimento domiciliar à noite e aos fins de semana. Moraes determinou ainda a proibição de sair do país e a suspensão do porte de arma de fogo dos policiais, além de proibir a comunicação com outros envolvidos nos atos.
Segundo a PGR, a cúpula da PMDF deixou de agir para impedir os atos extremistas contra as sedes dos Três Poderes devido ao alinhamento ideológico com os criminosos que atentaram contra o Estado Democrático de Direito.
Segundo as investigações, os policiais trocaram mensagens e difundiram informações falsas de teor golpista antes do segundo turno das eleições presidenciais de 2022. A PGR informou que foi constatada uma “profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da Polícia Militar do DF que se mostrou adepta de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas”.
Segundo o órgão, há ainda menção a provas de que os policiais — que ocupavam cargo de comando da corporação — receberam, antes do 8 de Janeiro, diversas informações de inteligência que sugeriam as “intenções golpistas” do movimento e o “risco iminente da efetiva invasão às sedes dos Três Poderes”.