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Moraes pede manifestação de PGR sobre suposta interferência de Bolsonaro na PF

Despacho de Alexandre de Moraes analisa denúncias de que presidente Bolsonaro teria interferido em investigações

Brasília|Alan Rios, do R7, em Brasília

Ministro Alexandre de Moraes e presidente Jair Bolsonaro
Ministro Alexandre de Moraes e presidente Jair Bolsonaro Ministro Alexandre de Moraes e presidente Jair Bolsonaro

O ministro do STF Alexandre de Moraes intimou a Procuradoria-Geral da República para se manifestar sobre uma suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal. O despacho analisa denúncias de casos distintos, em que o presidente teria interferido na corporação. O envio à PGR faz parte do andamento habitual do processo.

Em abril de 2020, o ex-juiz Sergio Moro afirmou que Bolsonaro tinha dito em uma reunião que interferiria na superintendência da corporação no Rio de Janeiro para proteger amigos e parentes no estado. Mais recentemente, em chamada interceptada pela Polícia Federal, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro disse à filha que recebeu uma ligação do presidente antecipando um temor por uma operação contra o pastor.

A conversa ocorreu 13 dias antes de o ex-ministro ser alvo da Operação Acesso Pago, que apura corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).

“Hoje o presidente me ligou... Ele tá com um pressentimento, novamente, que eles podem querer atingi-lo através de mim, sabe? [...] Ele acha que vão fazer uma busca e apreensão... Em casa, sabe... É muito triste. Bom! Isso pode acontecer”, disse Milton Ribeiro para a filha.

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Outro possível indício veio de uma ligação da esposa do ex-ministro. No dia da prisão do pastor, Myrian Ribeiro afirmou que o marido "estava sabendo" do que aconteceria. "O Matheus estava explicando que o advogado vai tentar um habeas corpus e talvez... Fica em Santos... Ele estava... No fundo, ele não queria acreditar, mas ele estava sabendo. Para ter rumores... da alta, coisa, é porque o negócio já estava certo", comentou ela.

O Ministério Público Federal (MPF) apontou possível interferência de Jair Bolsonaro nas investigações sobre o caso do ex-ministro da Educação e pediu que fosse enviada parte dos autos ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista à Record TV, o advogado do presidente Frederick Wassef disse que o chefe do Executivo não tentou interferir na Polícia Federal.

"O presidente Bolsonaro não interfere na Polícia Federal, jamais interferiu na Polícia Federal ou em qualquer outra instituição de seu governo. Isso simplesmente é mentira, é uma fake news, isso não existe", afirmou Wassef.

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