Logo R7.com
RecordPlus
R7 Brasília

Moraes recebe entidades de direitos humanos no STF para discutir megaoperação no Rio

Conselho Nacional de Direitos Humanos aponta suspeitas de execuções sumárias e tortura em ação policial em comunidades

Brasília|Mariana Saraiva, do R7, em Brasília

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O STF realiza uma audiência pública sobre a "Operação Contenção" no Rio de Janeiro, marcada para esta quarta-feira (5).
  • A Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) aponta indícios de tortura e execuções sumárias durante a operação, além de falhas na preservação de provas.
  • A CNDH solicitou investigações urgentes e a participação da Defensoria Pública para realização de laudos periciais independentes.
  • A operação tinha como objetivo combater o Comando Vermelho e cumprir mandados de busca e apreensão e de prisão.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Moraes recebe entidades para discutir megaoperação policial no RJ Rosinei Coutinho/STF

O STF (Supremo Tribunal Federal) realiza nesta quarta-feira (5) uma audiência pública conjunta com entidades de direitos humanos para dar continuidade às discussões da chamada ADPF das Favelas.

O encontro vai abordar a Operação Contenção, ação policial contra o Comando Vermelho realizada em 28 de outubro nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, e as restrições impostas pelo tribunal à realização de ações policiais em comunidades do estado.


A reunião contará com a participação de diversos órgãos públicos e entidades da sociedade civil. Entre elas, está o CNDH (Conselho Nacional de Direitos Humanos), que enviou à Corte um documento com memoriais e manifestações sobre o caso.

Leia mais

No texto, o CNDH aponta fortes indícios de descumprimento das determinações da Suprema Corte na ADPF das Favelas. As falhas citadas incluem suspeitas de execuções sumárias, tortura e graves violações de direitos fundamentais, além de falhas no uso das câmeras corporais e na preservação de vestígios de crimes, como a remoção indevida de corpos.


A comissão solicitou ao STF a adoção de medidas urgentes, como a abertura de investigações criminais e administrativas sobre as possíveis execuções extrajudiciais, atos de tortura e destruição de provas.

O CNDH também pediu autorização para que a Defensoria Pública do Rio de Janeiro realize laudos periciais paralelos nos corpos das vítimas e defendeu a garantia de perícia independente.


Além disso, solicitou a criação de um protocolo emergencial de atendimento social, psicológico e de saúde às famílias afetadas e a inclusão do CNDH no Escritório Emergencial de Enfrentamento ao Crime, criado pelos governos federal e fluminense, com o objetivo de garantir monitoramento independente das ações.

A megaoperação policial envolveu ao menos 2.500 agentes e resultou na morte de 121 pessoas, entre elas quatro policiais. Segundo o governador do Rio de Janeiro (PL), Cláudio Castro, a ação foi legítima, necessária e, apesar das mortes, proporcional frente ao armamento que o Comando Vermelho possui.


Audiência

A audiência está marcada para as 10h, na sala da Primeira Turma do STF, e foi determinada no último domingo (2) pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.

Além de convocar a reunião, Moraes também cobrou do Governo do Rio de Janeiro medidas sobre a preservação de provas da megaoperação.

Devem participar da audiência nesta segunda as seguintes entidades:

  • Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro;
  • Instituto Anjos da Liberdade;
  • Conectas Direitos Humanos;
  • Redes da Maré (Associação Redes de Desenvolvimento da Maré);
  • Educafro;
  • Justiça Global;
  • ISER (Instituto de Estudos da Religião);
  • Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência;
  • Coletivos Fala Akari e Papo Reto;
  • Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial;
  • MNU (Movimento Negro Unificado);
  • Cejil (Centro pela Justiça e o Direito Internacional);
  • LADIH (Laboratório de Direitos Humanos da UFRJ);
  • Najup (Núcleo de Assessoria Jurídica Popular Luiza Mahin);
  • IDPN (Instituto de Defesa da População Negra);
  • Movimento Mães de Manguinhos; e
  • Iara (Instituto de Advocacia Racial e Ambiental).

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da RECORD, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.