Moraes suspende investigação sobre remoção de corpos após megaoperação no Rio
Ministro do STF também determinou que o delegado responsável preste informações em 48 horas
Brasília|Do R7, com Estadão Conteúdo
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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou nesta segunda-feira (10) a suspensão imediata do inquérito aberto na 22ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro (Penha) que investigava familiares dos mortos na megaoperação realizada no fim de outubro por terem retirado corpos de uma região de mata após a ação policial. Moraes ordenou que o delegado titular do caso seja notificado e preste informações ao STF no prazo de 48 horas.
A Operação Contenção deixou 121 mortos e foi realizada nos complexos do Alemão e da Penha. Após a megaoperação, moradores das comunidades retiraram alguns corpos da mata e os levaram para uma praça central. Também há relatos de que alguns mortos tiveram as roupas trocadas antes da chegada das autoridades.
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Na mesma decisão, Moraes determinou que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), preserve todas as imagens das câmeras corporais dos policiais civis e militares que participaram da megaoperação.
O ministro também cobrou do governador o envio, em até 48 horas, da relação dos agentes envolvidos, dos laudos necroscópicos das vítimas e dos relatórios de inteligência e policiais que embasaram a operação, deflagrada para cumprir mandados de prisão preventiva contra lideranças e integrantes do Comando Vermelho.
Além disso, Moraes solicitou ao governo fluminense informações sobre o cumprimento da decisão anterior que obrigou a preservação de provas, perícias e documentos relacionados à ação.
O ministro ainda fez cobranças ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e à Defensoria Pública do Rio. Ele quer saber quem foram os presos com e sem mandado durante a operação, os resultados das audiências de custódia e os desdobramentos dos mandados de busca e apreensão.
Ao Ministério Público, Moraes pediu relatórios e cópias de laudos da perícia técnica independente e detalhes sobre a investigação que deu origem à operação. À Defensoria, solicitou informações sobre o acesso às provas e à assistência às famílias das vítimas.
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