Moro diz que ainda não definiu qual cargo vai disputar nas eleições
Cotado para o Senado e o Governo de São Paulo, ex-juiz vai esperar convenções partidárias para escolher a qual posto concorrer
Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília
O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) declarou nesta terça-feira (31) que ainda não definiu a qual cargo vai concorrer nas eleições de outubro. Ele se diz feliz por ser cotado para uma cadeira no Senado ou para o Governo de São Paulo, mas comentou que vai aguardar as convenções partidárias, que começam em 20 de julho e vão até 5 de agosto, para tomar uma decisão.
"Ainda estou tomando minha decisão a respeito. Fico feliz por ser lembrado para disputar diversos cargos. Na verdade, isso revela força eleitoral. É claro que essas decisões têm que ser muito ponderadas, não só individualmente, mas também dentro do partido. Eu não vejo o fato de ser lembrado para várias posições como algo negativo. Tudo se constrói por meio do diálogo", destacou Moro, ao chegar ao evento, em Brasília, de oficialização da pré-candidatura de Luciano Bivar à Presidência da República.
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Quando decidiu entrar para a política, Moro almejava concorrer ao Palácio do Planalto, mas teve os planos frustrados ao filiar-se ao União Brasil, que descartou qualquer chance de ele disputar o Executivo federal. Desde então, o ex-juiz estuda outra alternativa. Ele chegou a declarar que não gostaria de concorrer à Câmara dos Deputados, mas mudou de discurso nesta terça.
"O cargo, o mandato de deputado federal, é um mandato que nós temos que valorizar, é um mandato nobre. Você está fazendo leis. Você pode contribuir para o país. Qualquer forma de contribuir para o país é válida. Agora, essa é uma decisão que eu ainda não tomei e vou tomar adiante", frisou.
A despeito da baixa popularidade de Bivar e das poucas intenções de voto que ele tem, Moro diz que ainda é possível reverter o cenário. "Há muito tempo ainda até as eleições, e o União Brasil tem estrutura para ajudar, recursos suficientes para apresentar a sua alternativa. Soberano é sempre o eleitor. Vão ser colocadas as alternativas e o eleitor escolhe, ele faz as suas escolhas. Mas é essencial que nós pensemos no país um pouco mais amplamente. Todas as candidaturas de centro servirão como uma trincheira contra a radicalização do país", analisou.