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Motta sobre IOF e Executivo: ‘Quem alimenta o nós contra eles acaba governando contra todos’

O presidente da Câmara negou que Lula tenha sido pego de surpresa quanto à derrubada dos decretos e disse que governo foi avisado das dificuldades

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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Hugo Motta deu declaração nas redes sociais nesta segunda Lula Marques/Agência Brasil - arquivo

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos/PB), afirmou que o Congresso avisou ao governo federal das dificuldades de aprovar o aumento do IOF (Impostos sobre Operações Financeiras) entre os parlamentares. A declaração foi feita nas redes sociais de Motta na manhã desta segunda-feira (30), ocasião em que o presidente da Câmara também criticou a postura de “nós contra eles” adotada pelo governo.

“Primeiro, quem alimenta o nós contra eles acaba governando contra todos. A Câmara dos Deputados, com 383 votos de deputados de esquerda e de direita, decidiu derrubar o aumento do imposto sobre o IOF que afeta toda a cadeia econômica. A polarização política no Brasil tem cansado muita gente, e agora querem criar a polarização social”, disse Motta.


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Questionado sobre a sensação de traição do governo federal, ao ser pego de surpresa com a votação do IOF e receber o aviso da pauta do tema pelas redes sociais, Motta disse: “Capitão que viu o barco indo em direção ao iceberg e não avisa não é leal, é cúmplice. E nós avisamos ao governo que essa matéria do IOF teria muita dificuldade de ser aprovada no parlamento”.

Entenda embate entre governo e Congresso

Na noite de quarta-feira (25), o Congresso Nacional derrubou, em votação relâmpago, a norma do governo que aumentava o IOF e adotava uma série de medidas de arrecadação para cumprimento da meta fiscal.


O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), criticou a celeridade da votação, alegando que acordos foram descumpridos pelo Congresso.

“Essa Casa é feita de acordos. Foi feito um acordo, mas está sendo descumprido. Não acho isso bom porque o parlamento vive de acordos”, afirmou Jaques no plenário.


O acordo feito com o Congresso era de que a equipe econômica do governo enviaria uma proposta de corte em benefícios fiscais para que o parlamento não derrubasse o decreto. Mas o parlamento não aguardou o envio.

Após a votação, Alcolumbre destacou que “o que nós não podemos aceitar e não vamos aceitar são ofensas e agressões por uma decisão legítima do parlamento”.


O presidente afirmou que a aprovação foi uma “derrota” para o governo “construída” por várias mãos. Para ele, a votação simboliza a “afirmação do papel constitucional do Poder Legislativo brasileiro” e reflete a sintonia com os anseios da população. “Esse decreto começou mal. O governo editou um decreto que foi rapidamente rechaçado pela sociedade brasileira”, afirmou.

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