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R7 Brasília

MP do Trabalho abre inquérito para investigar denúncias de assédio contra Silvio Almeida

Ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania foi demitido pelo presidente Lula após ser acusado de importunação sexual

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window


Silvio Almeida foi demitido por Lula após acusações de assédio sexual
Silvio Almeida foi demitido por Lula após acusações de assédio sexual Filipe Araújo/MINC

O MPT (Ministério Público do Trabalho) abriu um inquérito para investigar as denúncias de assédio sexual feitas contra o ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania Silvio Almeida. A informação foi confirmada pelo R7. O ex-ministro foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última sexta-feira (6).

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No mesmo dia, Lula havia afirmado “não ser possível” a permanência de Almeida no cargo depois das acusações. Uma das vítimas de Almeida foi a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que comunicou o fato a outros integrantes do governo federal. O ex-ministro nega ter cometido os crimes.

As denúncias contra Silvio Almeida foram divulgadas pela organização de defesa de mulheres que foram vítimas de violência sexual “Me Too Brasil”. De acordo com o movimento, as supostas vítimas autorizaram que as denúncias fossem divulgadas à imprensa. As identidades das mulheres foram mantidas em sigilo.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional para a validação de suas denúncias”, destacou a instituição.


O movimento diz oferecer “suporte incondicional às vítimas, mesmo que isso envolva enfrentar grandes forças e influências associadas ao poder do acusado”.

“A exposição de um suposto agressor poderoso pode encorajar outras vítimas a romperem o silêncio. Em muitos casos, o abuso não ocorre isoladamente, e a denúncia pode abrir caminho para que outras pessoas também busquem justiça”, acrescentou o Me Too Brasil.


O que diz o ex-ministro

Os advogados de Silvio Almeida declararam no dia da demissão dele que o ex-ministro não vai silenciar nem invisibilizar vítimas de violência, nem deixar de defender os direitos humanos.

A defesa também afirmou que Almeida vai fazer o que for necessário para fortalecer os dispositivos de proteção e acolhimento à mulher. Os advogados ainda defenderam transparência nas apurações das denúncias contra o ex-ministro.

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