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R7 Brasília

MST: Justiça determina prisão de suspeito de ataque ao assentamento

Antônio Martins dos Santos Filho, conhecido como ‘Nero do Piseiro’, foi preso no sábado (11)

Brasília|Do R7


A Justiça de São Paulo determinou a prisão temporária do suspeito de chefiar o ataque ao assentamento Olga Benário, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra), em Tremembé (SP).

Antônio Martins dos Santos Filho, conhecido como “Nero do Piseiro”, foi preso no sábado (11) pela Polícia Civil de São Paulo após ser reconhecido por testemunhas. Ele passou por audiência de custódia neste domingo (12). A prisão temporária tem o prazo de 30 dias. O suspeito tem passagem criminal por porte ilegal de arma de fogo.


O ataque aconteceu na sexta-feira (10) a noite e deixou dois mortos e seis feridos. O velório das vítimas, Valdir do Nascimento, o Valdirzão, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, 28, foi neste domingo e contou com a presença da ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, representando o presidente Lula, o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Paulo Teixeira, e a secretaria-executiva da Secretaria Geral da Presidência, Kelli Mafort, representando o ministro Márcio Macedo.

Também estiveram presentes os deputados federais Juliana Cardoso (PT-SP) e Nilto Tatto (PT-SP) e a deputada estadual Ana Perugini (PT).


Desde ontem, o ministro Paulo Teixeira está na cidade para acompanhar o caso. Ele foi enviado pelo presidente Lula. Neste domingo, o ministro disse acreditar que os autores do ataque tinham a intenção de subtrair um lote de terra do assentamento rural, legalizado para a reforma agrária.

“Eles [os membros do MST] estavam dentro do assentamento, não estavam perturbando ninguém. E [os atiradores] quiseram subtrair um lote, eles [os assentados] foram defender o lote. Isso aconteceu às cinco da tarde. Às oito da noite, chegou esse grupo de vândalos e atirou, levando à morte já dois desses assentados”, disse Teixeira em entrevista coletiva em Tremembé.

Uma equipe da Polícia Federal, com agentes, perito e papiloscopista, também foi enviada ao local. O MPSP (Ministério Público de São Paulo) informou que diante da gravidade do caso, a Procuradoria-Geral de Justiça designou o promotor Alexandre Mourão Mafetano para acompanhar as investigações. Ele atuará em junto a “promotora natural do caso, Daniela Michele Santos Neves, para que, assim, o MPSP ofereça à sociedade paulista pronta resposta a este episódio de violência inaceitável”.

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