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R7 Brasília

Na Câmara, Marina bate-boca com oposição e reage: ‘sempre apoiaram quem desmata’

Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima foi convidada à Comissão de Agricultura para explicar queimadas

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Ministra Marina Silva em audiência na Câmara dos Deputados Mario Agra/Câmara dos Deputados - 16.10.2024

A participação da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, na audiência da Comissão de Agricultura da Câmara, nesta quarta-feira (16), foi marcada por discussões acaloradas e trocas de hostilidades entre a ministra e deputados ligados à oposição e à bancada ruralista. Ao final da reunião, Marina criticou um grupo de deputados, afirmando que eles “sempre apoiaram quem desmata” e agora se tornaram “ambientalistas de conveniência”. Ela foi convidada à comissão para explicar as queimadas que atingiram o país nos últimos meses.

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Em um momento da audiência, a ministra discutiu com a deputada Júlia Zanatta (PL-SC), após a parlamentar catarinense questionar os repasses de verbas para ONGs que atuam na Amazônia. Zanatta elevou o tom das críticas, acusando o governo de atender interesses estrangeiros e afirmando que o Brasil se tornou um “capacho verde de bilionários do exterior.”

Em resposta, Marina acusou a oposição de oportunismo e rebateu Zanatta, chamando-a também de “capacho” e “ambientalista de conveniência.”

“Capacho é quem faz discurso de encomenda. Mesmo conhecendo a biografia de uma pessoa, faz discurso de encomenda, para fazer lacração. E vem aqui com fala manda fazer acusações inverídicas. Isso é ser capacho”, disse a ministra. “Quem não defende aparece agora como ambientalista de conveniência, que nunca fizeram nada”, completou.


Em outro momento da reunião, houve um bate-boca entre o presidente da audiência, deputado Evair de Melo (PL-ES), e um assessor de Marina Silva. A ministra interveio, criticando o parlamentar ao afirmar que ele estava “com dificuldade de presidir” a sessão.

A reunião durou três horas e meia. Ao final, em conversa com jornalistas, a ministra criticou os parlamentares que, segundo ela, historicamente se opõem às políticas de preservação ambiental.


“Eu vim preparada, sabia que esse seria o nível do debate. Existem aqueles que vêm aqui apenas para fazer ofensas, acusações e, principalmente, projeções. Essas pessoas têm uma consciência profundamente ‘dolorosa’. A vida toda apoiaram quem desmata e quem regulariza terras ocupadas ilegalmente, e agora, diante das tragédias no Rio Grande do Sul e no Pantanal, a primeira coisa que fazem é projetar a culpa em alguém.”

“Essas mesmas pessoas fazem discursos de preocupação com as queimadas, incêndios e enchentes, mas de forma meramente retórica. No passado, elas sempre foram contra a reserva legal, contra as áreas de preservação permanente, contra os povos indígenas e contra o posicionamento da ciência, que já alertava para a intensificação de eventos extremos, como secas e cheias, o que aumenta a ocorrência de incêndios”, completou.

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